Dólar fecha primeiro dia do mês a R$ 5,60, em queda de 0,08%
O dólar encerrou o pregão do primeiro dia do mês de março em queda de 0,087%, aos R$ 5,60.
Nesta manhã, o dólar operava em queda após a forte valorização de 1,66% do último pregão, em meio à queda no rendimento dos títulos públicos dos Estados Unidos (Treasuries). Nas últimas semanas, o maior retorno destes títulos pressionou a moeda norte-americana, que teve uma guinada inesperada.
Para o economista Carlos Lopes, do Banco BV, neste pregão não houve “um fator externo que tenha empurrado o real”, o que afetou o mercado nesta segunda-feira foi principalmente “a expectativa de que o governo deva elevar impostos para compensar o corte de impostos sobre os combustíveis”.
De forma geral, também há uma preocupação mais ampla com a PEC, explica o economista, o início das discussões ocorrerá amanhã no Congresso para votação na quarta-feira, “o mercado teme que possa diluir demais essa PEC, e isso tem mantido o câmbio num patamar depreciado e com uma volatilidade elevada”.
Com isso, confira outras notícias importantes do dia:
- Foco de Biden é a aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 tri, diz Casa Branca
- Balança comercial tem déficit de US$ 1,125 bilhão em janeiro
- Boletim Focus: Selic no fim de 2021 permanece em 4,00% ao ano
Pacote fiscal nos EUA
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta segunda-feira (1), que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está focado na aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão e irá se envolver pessoalmente no processo de negociações.
O texto sobre o pacote foi avaliado pela Câmara dos Representantes no fim de semana e ainda precisa ser analisado pelo Senado dos EUA.
Jen Psaki reiterou que considera “crítico” que o Congresso aja rapidamente para fazer frente à crise econômica provocada pela pandemia.
Balança comercial
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia divulgou nesta segunda-feira (1) que a balança comercial brasileira teve déficit de US$ 1,125 bilhão em janeiro.
Vale lembrar que em janeiro de 2020 o resultado da balança comercial também havia sido negativo, em US$ 1,684 bilhão.
No entanto, o déficit do mês passado veio menor do que esperavam os analistas do Projeções Broadcast. A mediana estimada por eles era de saldo negativo de US$ 2,09 bilhões.
Boletim Focus
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021. O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (1), pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana das previsões para a Selic neste ano permaneceu 4,00% ao ano. Há um mês, estava em 3,50%.
No caso de 2022, a projeção do Boletim Focus permaneceu em 5,00% ao ano, igual um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Para 2024, permaneceu em 6,00%, igual a um mês atrás.
Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado “forward guidance” (ou prescrição futura, na tradução do inglês).
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (27), o dólar encerrou em alta de 1,66%, negociado a R$ 5,60.