Ícone do site Suno Notícias

Dólar fecha estável à espera da decisão do Fed

Dólar- Foto: Pixabay

Dólar - Foto: Pixabay

O dólar encerrou esta terça-feira (27) em alta de 0,06%, aos R$ 5,17.

Hoje, o dólar permaneceu estável, com o mercado aguardando a decisão sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, que será divulgada nesta quarta.

Não são esperadas mudanças nas taxas de juros e nem no programa de compras de ativos, mas alguns analistas estimam que os dirigentes do Fed comecem efetivamente uma discussão sobre como se dará o processo de redução das compras de títulos.

Atualmente, os juros básicos nos Estados Unidos se mantêm no menor nível da história, entre 0% e 0,25% ao ano. Taxas baixas por mais tempo beneficiam países emergentes, como o Brasil. Paralelamente, a recuperação do preço do minério de ferro na China estimulou a bolsa brasileira, principalmente as ações ligadas aos setores de mineração e de siderurgia.

Notícias que movimentaram o dólar hoje

Algumas notícias importantes que influenciaram o pregão:

PIB do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 5,3% em 2021, conforme projeta o Fundo Monetário Internacional (FMI), que anteriormente previa um crescimento de 3,7% .

Já para 2022, a previsão do FMI foi reduzida de 2,6% para 1,9% na revisão de julho do relatório Perspectiva Econômica Mundial.

No documento, o FMI melhorou algumas estimativas de indicadores fiscais do País para este ano, influenciados pelo avanço do produto interno bruto.

O déficit público nominal como proporção do PIB deve atingir 6,3%, abaixo dos 8,3% comunicados em abril, e a dívida pública bruta deve alcançar 91,8% na mesma base de comparação, marca inferior aos 98,4% divulgados anteriormente.

Investimento direto

Segundo informe recente do Banco Central, o investimento direto no país (IDP) somou um montante de US$ 174 milhões em junho, ante US$ 5,165 bilhões no mesmo período do ano passado.

O resultado do investimento direto no país ficou abaixo das estimativas apuradas pelo BC que iam de US$ 2,000 bilhões a US$ 4,156 bilhões, com mediana de US$ 2,500 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, os investimentos de junho indicariam entrada de US$ 2,5 bilhões.

No acumulado do primeiro semestre, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 25,691 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em junho.

No acumulado dos 12 meses até junho deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 46,629 bilhões, o que representa 3,02% do Produto Interno Bruto (PIB).

Bolsas na Europa

Os principais índices acionários da Europa fecharam em baixa, nesta terça-feira (27), acompanhando a tendência dos demais mercados internacionais, com temor acerca das regulações chinesas e da variante delta do coronavírus.

Isso ocorre apesar da alta taxa de vacinação na Europa e, além das preocupações com a pandemia, há cautela dos investidores com os resultados financeiros das empresas. Ainda nesta terça (27), Louis Vuitton e Telecom Italia divulgam seus balanços.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,54%, a 458,65 pontos.

Pela manhã, os principais índices da China encerraram o pregão em território negativo, o que pode ter tido reflexos nas bolsas europeias. A determinação de uma medida regulatória do país no setor de tecnologia foi a principal razão.

Contas externas

As contas externas tiveram saldo positivo de US$ 2,791 bilhões em junho, informou hoje (27) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2020, também houve superávit de US$ 3,056 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado é ligeiramente inferior ao registrado no ano passado em razão do aumento do déficit na conta de serviços, em especial de viagens, e do aumento das despesas líquidas com rendas primárias (lucros e dividendos). “E esses dois fatores foram contrabalançados pelo aumento do superávit comercial”, explicou.

“Tanto o aumento dos déficits com viagens quanto com lucros e dividendos são consistentes com a trajetória de recuperação da economia [após os efeitos críticos da pandemia de covid-19]”, complementou Rocha, no caso, o aumento da demanda por serviços, com as viagens de brasileiros para fora do país, e das transações de empresas estrangeiras no país que remetem lucros ao exterior.

Fechamento do câmbio hoje

Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:

Cotação anterior do dólar, na sexta (23)

Na última sessão, segunda-feira (26), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,7%, negociado a R$ 5,17. Com o resultado, a moeda norte-americana acumula alta de 4,04% no mês e queda de 0,26% no ano.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

Sair da versão mobile