Dólar fecha em alta de 0,54%, após dados de varejo dos EUA

O dólar encerrou as negociações desta quinta-feira (16) em alta de 0,54%, frente ao real, valendo R$ 5,266 na venda.

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O dólar hoje acompanhou a valorização global da moeda americana após dados de varejo dos EUA, assim como a queda das commodities e declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a Petrobras (PETR4), segundo Marcela Gutierrez, da Mesa RV.

A moeda também seguiu de olho no Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) que já acumula um avanço de 9,25% nos últimos doze meses. Só na segunda quadrissemana de setembro o indicador subiu 1,10%.

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Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, cinco aceleraram da primeira para a segunda quadrissemana de setembro, com destaque para Habitação, que subiu de 1,13% para 1,77%. O item com maior influência no grupo foi tarifa de eletricidade residencial, de 2,15% para 4,48%.

Além disso, o Ministério da Economia elevou de 5,90%, para 7,90% sua previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que a inflação deve acumular alta de 8,00% em 2021 e de 4,03% em 2022.

Movimentação do dólar

O dólar americano abriu a sessão de hoje em alta, de olho nas vendas no varejo americano que subiram 0,7% em agosto ante julho e ficaram bem acima das previsões, que indicavam queda de 0,8%.

Em contrapartida, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 20 mil na última semana, para 332 mil, contra previsão de 320 mil solicitações.

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No decorrer do dia, o dólar acentuou sua alta acompanhando o cenário político. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, apresentou ontem os detalhes da sua PEC a fim de solucionar o problema dos precatórios para Bruno Funchal. Sua versão coloca R$ 89 bilhões de despesas estimadas para 2022 fora do teto de gastos, abrindo uma margem de R$ 20 bilhões em orçamento para o ano que vem.

Notícias que movimentaram o dólar

Além disso, veja algumas notícias que movimentaram o dólar durante a sessão de hoje:

  • Após confusão com reforma administrativa, relator apresentará novo texto amanhã
  • Discussão sobre Auxílio Brasil deve se ‘afunilar’ em outubro, novembro, diz Lira
  • Petrobras (PETR4): Lira diz que política de preços da companhia não está bem explicada

Reforma administrativa trava na Câmara

O relator da reforma administrativa, deputado Arthur Maia (DEM-BA), recuou da nova versão do texto apresentada na noite desta quarta-feira (15) que trazia privilégios para carreiras policiais e acabava com a possibilidade de redução de jornada e salário de servidores.

Após reunião com membros da comissão especial que analisa o tema, ele decidiu restabelecer o texto apresentado anteriormente no dia 1º de setembro e apresentar uma nova versão até amanhã. A votação da matéria ficou prevista agora para terça (21).

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Na nova versão, agora cancelada, Maia fez uma série de mudanças, com a inclusão de novos benefícios, principalmente a policiais. O Centro de Liderança Pública (CLP) diz que a proposta que tinha o objetivo de reformular o RH do Estado se transformou em uma “antirreforma” administrativa e agora diz que iria trabalhar contra o texto.

Seguem discussões sobre o Auxílio Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira que a discussão sobre o Auxílio Brasil e a origem dos recursos para bancar o programa deve se “afunilar” entre os meses de outubro e novembro, sendo “imperioso” que o debate aconteça até 31 de outubro. Lira defendeu que a matéria tramite sem nenhum sobressalto ou “invenção milagrosa”.

Em agosto, o governo enviou a proposta de Orçamento para 2022 deixando de lado o aumento no Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil. A necessidade de uma fonte de recursos para justificar a criação do novo programa foi ressaltada por Lira nesta quinta, durante live promovida pela Necton Investimentos.

“A gente tem já uma previsão orçamentária para isso. Imposto de renda pessoa física, jurídica e dividendos, nós não precisamos dos recursos que podem advir dele, mas precisávamos de fonte para justificar a criação do novo programa, estabilização dos precatórios. Penso que essa discussão vai afunilar agora em outubro, novembro. Imperioso que se faça até 31 de outubro para respeitar alguns prazos legais, constitucionais com relação a criação de novos programas, novas funções, novas fontes, para que essa solução também que é importantíssima seja implementada”, afirmou o presidente da Câmara. “A única coisa que pode ser modificada é o rito, uma aceleração, sintonia entre Senado e Câmara nesses movimentos”, disse Lira, sem dar mais detalhes sobre a tramitação da proposta no Congresso.

Lira reclama da política de preços da Petrobras (PETR4)

Lira ainda afirmou nesta quinta que a Câmara dos Deputados não ficou satisfeita com os esclarecimentos prestados pelo presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna, e continuará cobrando da estatal mais explicações sobre a política de preços.

O parlamentar chamou atenção, em live da Necton Investimentos, para o valor “absurdo” do gás natural, destacado como um dos principais problemas que a Petrobras precisará esclarecer.

“Gás natural é um problema. Temos a informação de que o gás é extraído do pré-sal a perto de US$ 2, é importado do Qatar a perto de US$ 3. E as informações que nos chegam é que a Petrobras repasse esse gás a US$ 10 no País porque encaminha pelo seu gasoduto. Se tem algum problema lógico, temos que atacar o problema”, disse Arthur Lira.

O deputado federal criticou que, num momento de crise enérgica, existam de oito a nove térmicas paradas por falta de gás natural, o qual seria fornecido pela Petrobras. Ressalvou, contudo, que tal informação precisa ser verificada.

Cotação do dólar nesta quarta (15)

Na última sessão, quarta-feira (15), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,38%, negociado a R$ 5,23.

(Com informações do Estadão Conteúdo)  

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Laura Moutinho

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