O dólar estadunidense encerrou as negociações em uma leve alta de 0,6%, cotado a R$ 5,3499 na venda, após a divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos e da Europa.
Os investidores reagiram aos números positivos do payroll norte-americano e do desemprego nos países da zona euro, além dos resultados da produção industrial no Brasil. Com isso, o dólar registrou mais uma alta, após cair na última quarta-feira (1), em um dia de volatilidade no mercado.
O Banco Central (BC) realizou nesta sessão um leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos. Os papéis tem vencimento para em novembro de 2020 e março do ano seguinte.
Dessa forma, veja as notícias que mais mexeram com o dólar nesta quinta-feira:
- EUA criam 4,8 milhões de empregos em junho
- Desemprego da zona do euro sobe para 7,4% em maio
- Produção industrial cresce 7% em maio
- Economia tem recuperação inicial em “V”
EUA criam 4,8 milhões de empregos em junho
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que o número de criação de empregos no mês de junho chegou a 4,8 milhões, a maior alta em um mês desde o início da contabilização de postos de trabalho em 1939.
Saiba mais: EUA criaram 4,8 milhões de empregos no mês de junho
Além disso, outro relatório do órgão revelou que as solicitações iniciais de seguro-desemprego registraram uma queda de 1,43 milhão na semana encerrada em 27 de junho. Na semana encerrada em 20 do mês passado, foram 19,3 milhões de pedidos.
O resultado reflete uma recuperação acelerada da economia em meio ao processo de reabertura do país.O documento apresenta o aumento de contratações, principalmente, em restaurantes e empresas varejistas.
Desemprego da zona do euro sobe para 7,4% em maio
Já a taxa de desemprego dos países da zona euro anotou uma lata de 7,4% em maio, no segundo mês consecutivo de crescimento. Os números, entretanto, foram inferiores às expectativas do mercado de 7,7%.
Saiba mais: Taxa de desemprego da zona do euro sobe para 7,4% em maio
Segundo a agência de estatística da zona do euro, Eurostat, em abril a atxa resgitrada havia sido de 7,3% e 7,1% em maio. O desemprego para pessoas até 25 anos subiu a 16% em maio de 15,7% no mês anterior e 15% em março. Para as mulheres, a taxa de desemprego chegou a 7,9% de 7,7% em abril. Para os homens permaneceu em 7,0%.
Produção industrial cresce 7% em maio
Enquanto isso, a produção industrial avançou 7% em maio na comparação mês a mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na relação com o mesmo período do ano passado, por sua vez, foi registrado um recuo de 21,9%, o sétimo resultado negativo se tratando de comparação anual.
Saiba mais: Produção industrial avança 7% em maio, aponta IBGE
O avanço da produção industrial em maio interrompeu dois meses de resultados negativos consecutivos, sendo -9,2% em março e -18,8% em abril. Com o crescimento no mês de maio, o setor também recuperou pouco mais de um terço da queda de abril, que foi o primeiro mês “cheio” com as medidas de restrição para ajudar no combate ao coronavírus. A expansão de 7,0% em maio foi a mais elevada desde junho de 2018, quando foi registrado um avanço de 12,9%.
Economia tem recuperação inicial em “V”
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira (2) que, a partir do início de maio, foi registrada um recuperação em “V” no país.
O economista afirmou, durante evento online promovido pelo jornal “Correio Braziliense”, as duas últimas semanas em abril foram as piores para a economia brasileira.
“Então parece que nós iniciamos uma recuperação que seria um movimento inicial em ‘V’, mas que a gente acha que deve suavizar um pouco. Ou seja, a gente consegue ver que a primeira parte da recuperação foi em ‘V’, seguindo alguns outros lugares do mundo, ao contrário de 2008, que a recuperação foi mais lenta”, acrescentou.
Última cotação do dólar
Na sessão da última quarta, o dólar encerrou o pregão em queda de 2,243%, negociado a R$ 5,318 na venda.