Dólar fecha em alta de 1,99% a R$ 5,37, após ata do Fed

O dólar encerrou as negociações desta quarta-feira (18) em alta de 1,99%, frente ao real, valendo R$ 5,375 na venda.

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Na mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). apontaram que as condições para uma elevação dos juros são diferentes daquelas para a redução da compras de títulos, segundo a ata do encontro publicada nesta quarta-feira.

Vários dirigentes notaram que um início antecipado do “tapering” poderia vir acompanhado por reduções mais graduais no ritmo de compra, e que tal combinação poderia mitigar o risco de um aperto excessivo nas condições financeiras em resposta a um anúncio de “tapering”, segundo o documento. O momento das ações é dependente do curso da economia, pontua o comitê.

Seguiu no radar do dólar hoje o novo adiamento da votação da proposta de reforma do Imposto de Renda na Câmara. A prorrogação foi anunciada ontem à noite e contou com o apoio do governo e da oposição

O relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), disse que, com o adiamento da votação, “teremos mais tempo para líderes da Câmara entenderem a proposta”. E acrescentou: “Conseguimos reduzir IRPJ base em 8,5 p.p. e a CSLL em 1,5 p.p e sócios de MPEs permanecerão isentos de taxação de dividendos.”

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Movimentação do dólar

Após encerrar o pregão de ontem em queda, o dólar abriu a sessão de hoje operando de maneira estável, aguardando a ata da reunião do Federal Reserve de julho.

Ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell afirmou que “não está claro” o impacto da variante Delta na atividade econômica dos EUA.

No decorrer da sessão a moeda norte-americana ganhou fôlego e avançou frente ao real diante da notícia de que os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolaram notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, por suposto crime de prevaricação.

Na visão dos parlamentares, Aras é omisso diante do que chamam de “crimes e arbitrariedades” do presidente da República, Jair Bolsonaro. Os senadores endereçaram o pedido à Cármen Lúcia, que já relata outra ação sobre os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral.

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Notícias que movimentaram o dólar

Veja algumas notícias que movimentaram o dólar durante a sessão de hoje:

  • Dirigentes do Fed notaram que requisito para alta de juro difere do de ‘tapering’
  • Trajetória da economia ainda depende da evolução da pandemia, diz Fed
  • Fluxo cambial total no ano até 13 de agosto é positivo em US$ 17,763 bi, diz BC

Ata do Fomc: trajetória da economia ainda depende da evolução da pandemia

Na reunião sobre a ata do Fomc, a maioria dos integrantes do comitê do Fed avaliou que uma redução “proporcional” na compra de Treasuries e de títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) seria benéfica para a economia, segundo o documento.

Vários dirigentes expressaram que uma redução mais rápida na compras dos MBS seria positiva, uma vez que o setor imobiliário vem “muito forte” nos Estados Unidos, não necessitando de apoio do Fed.

Trajetória da economia

Na análise do Federal Reserve, a trajetória da economia ainda depende da evolução da pandemia e os riscos permanecem. Diversos dirigentes apontaram que a incerteza é alta, dado o progresso lento nas vacinações e os desdobramentos relacionados à variante delta do coronavírus, que representam riscos para a perspectiva econômica.

Participantes do conselho também julgaram que os efeitos da pandemia sobre a cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra devem complicar a tarefa de interpretar os dados recebidos e avaliar a velocidade com que os fatores no lado da oferta se dissipam.

“Enquanto os participantes, em geral, esperam que as pressões inflacionárias se atenuem, uma vez que os efeitos transitórios se dissipem, diversos dirigentes pontuaram que interrupções maiores do que o previsto na cadeia de suprimentos e o aumento nos custos de insumos podem sustentar a pressão de alta sobre os preços em 2022”, consta no documento.

Fluxo cambial

O fluxo cambial do ano até 13 de agosto ficou positivo em US$ 17,763 bilhões, informou nesta quarta-feira o Banco Central. Em igual período do ano passado, o resultado era negativo em US$ 15,186 bilhões.

A saída pelo canal financeiro neste ano até 13 de agosto foi de US$ 1,382 bilhão. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 323,140 bilhões e de envios no total de US$ 321,758 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 13 de agosto ficou positivo em US$ 16,381 bilhões, com importações de US$ 128,056 bilhões e exportações de US$ 144,438 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 18,932 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 38,290 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 87,215 bilhões em outras entradas.

Cotação anterior do dólar

Na última sessão, terça-feira (17), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,20%, frente ao real, valendo R$ 5,270 na venda.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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