O dólar encerrou nesta segunda-feira (12) em alta de 1,06% com sua venda a R$ 3,984. O valor é o maior desde o dia 28 de maio, quando fechou em R$ 4,024.
O dólar subiu devido principalmente a derrota de Maurício Macri nas primárias para eleições presidenciais na Argentina e o consequente impacto sofrido pela Bolsa de Valores argentina.
A cotação também foi influenciada pelo Boletim Focus e pela divulgação da balança comercial brasileira que registrou superávit de US$ 633 milhões.
Forte queda na Bolsa de Valores argentina
Após a derrota do atual presidente Maurício Macri nas eleições primárias para a eleição presidencial, a Bolsa de Valores da Argentina sofreu uma queda brusca em seu mercado caindo 34,14%, aos 29.195,39 pontos nesta segunda-feira (12).
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No Nasdaq, as ações da Argentina estavam entre as piores do mercado com as ADRs também caindo. A petroleira YPF caiu acima de 30% e a siderúrgica Ternium recuou acima de 15% perto dos US$ 15.
O peso argentino chegou a cair 30,4% em comparação ao dólar, tendo a moeda americana negociada a 59 pesos.
Boletim Focus mostra estagnação do PIB
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Essa é a primeira redução após aumento regressivo de três semanas consecutivas. Segundo o Boletim divulgado nesta segunda-feira (12), a economia brasileira deverá crescer apenas 0,81% esse ano.
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A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (5) indicava um crescimento do PIB de 0,82% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.
Balança comercial fecha em superávit
O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (12) que a balança comercial registrou um superávit de US$ 633 milhões no início de agosto.
As exportações apresentaram queda de 6,8% na comparação com o mesmo mês em 2018, somando US$ 6,114 bilhões.
Houve recuo nas vendas de:
- produtos manufaturados (-17,3%)
- básicos (-4,4%)
As exportações de produtos semimanufaturados apresentaram aumento de +32,4%. Já as importações tiveram queda de 4,1% na comparação com agosto de 2018, somando US$ 6,114 bilhões.
Foram diminuídos os gastos com:
- Veículos automóveis e partes (-35,4%)
- Cobre e suas obras (-35,1%)
- Combustíveis e lubrificantes (-33,8%)
- Alumínio e suas obras (-24,7%)
- Adubo e fertilizantes (-15,5%)
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (9), o dólar encerrou em alta de 0,39%, cotado a R$ 3,942.