O dólar hoje fechou em alta de 1,25%, a R$ 5,741 na venda. Segundo a Reuters, o dia foi de forte movimento de compras defensivas em meio a ruídos envolvendo a atuação do Banco Central (BC) no câmbio e ao cenário nebuloso de melhora econômica.
Com a nova arrancada, o dólar acumulou ganhos de 4,67% na semana, em meio a ambiente de incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da pandemia do novo coronavírus.
Dados divulgados pelo Banco Central mostraram que os investimentos estrangeiros somaram US$ 9,007 bilhões em fevereiro. No mesmo período do ano passado, esse montante havia sido apenas de US$ 2,580 bilhões.
O resultado ficou acima das estimativas do mercado, que iam de US$ 4,180 bilhões a US$ 7,000 bilhões, com mediana de US$ 6,400 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de fevereiro indicaria entrada de US$ 6,5 bilhões.
Já no âmbito internacional, estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que, embora a pandemia de covid-19 vá reduzir significativamente o capital dos bancos europeus, seus colchões de liquidez são suficientemente grandes para suportar os efeitos da crise.
“Com as políticas certas, os bancos conseguirão sustentar a recuperação (econômica) com novos empréstimos”, diz o FMI em texto.
O Fundo prevê que o índice de capital agregado dos bancos europeus cairá de 14,7% para 13,1% até o fim de 2021 se os governos continuarem mantendo o suporte por meio de medidas de estímulo.
Além disso, membro do comitê de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Michael Saunders afirmou hoje que a pandemia tem provocado “grandes efeitos” sobre o potencial de crescimento da economia do Reino Unido.
Saunders projeta que, nos próximos meses, mudanças nos preços de energia devem puxar para cima o índice de preços ao consumidor, enquanto o relaxamento de restrições “deve impulsionar a atividade econômica”.
Segundo ele, os dados até agora disponíveis sugerem que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido no primeiro trimestre será “menos fraco do que o esperado” pelo BoE em fevereiro, enquanto a perspectiva para o segundo trimestre deve ser “provavelmente melhor” do que a projeção central dos dirigentes de fevereiro.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (25), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,55%, negociado a R$ 5,67.
(Com informações do Estadão Conteúdo)