Dólar encerra em alta de 0,55%, negociado a R$ 5,670
O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (25) em alta de 0,55%, negociado a R$ 5,670 após fechar em forte alta de 2,25% na última quarta-feira.
Durante a tarde, o dólar permaneceu em alta com o mercado atento ao relatório do Banco Central (BC) afirmando que a volatilidade do câmbio está acima do nível histórico e com o desdobramento do auxílio emergencial.
Segundo o Relatório de Inflação, divulgado pelo Banco Central (BC) hoje, a volatilidade do dólar está num patamar maior do que o seu nível histórico. No documento é notório que a volatilidade teve um aumento significativo a partir de março de 2020, início da pandemia no Brasil.
Com isso, confira as notícias mais importantes do dia:
- Guedes: governo enviará projeto para regulamentar meta da dívida pública
- Presidente do BC rechaça que Copom tenha sido obrigado a elevar Selic por erro
- Argentina: Fernández se reúne com Malpass e anuncia investimentos no país
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (25), a senadores que o governo está “devendo” e irá enviar ao Congresso a lei complementar para regulamentar os mecanismos em torno da dívida pública.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial trouxe uma meta para a dívida pública no arcabouço das regras fiscais do país, mas exige uma lei complementar para colocar a questão em prática. Guedes ouviu do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) o receio de que esse projeto não seja enviado.
Selic
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, rechaçou nesta quinta-feira, 25, que o Comitê de Política Monetária (Copom) tenha sido obrigado a elevar a Selic em 0,75 ponto porcentual na semana passada por ter errado ao manter a taxa em 2,00% ao ano na reunião de janeiro.
“Se há entendimento de que BC está atrás da curva, resposta é não. Nós achávamos que entre uma reunião e outra haveria um conjunto de informações muito importantes. Tivemos uma continuação muito grande da alta de commodities”, respondeu.
Campos Neto destacou que fazer um ajuste mais célere pode levar uma intensidade total menor no ajuste da Selic. Além disso, haveria um efeito de ancoragem maior das expectativas de longo prazo.
Argentina
O presidente da Argentina, Alberto Fernández e o homólogo do Banco Mundial, David Malpass, tiveram um encontro virtual nesta quarta-feira, tendo como temas o crescimento econômico e as dívidas do país. A organização multilateral irá investir US$ 2 bilhões em projetos na Argentina em 2021, afirmou Fernández.
Segundo o mandatário, a verba terá como destino as áreas de “infraestrutura, saúde, proteção social, emprego e mudanças climáticas”, escreveu em seu Twitter.
Já Malpass indicou que o órgão reafirma seu comprometimento com o apoio aos “mais vulneráveis” argentinos, e destacou a necessidade de políticas fiscais e de comércio “cuidadosas”. Em comunicado, o líder afirmou ter discutido com Fernández “as políticas econômicas da Argentina e as etapas para alcançar um crescimento sustentável e de base ampla”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (23), o dólar encerrou em forte alta de 2,25%, negociado a R$ 5,64.