Dólar encerra em alta de 4,86% e bate R$ 5 pela primeira vez na história

O dólar encerrou as negociações desta segunda-feira (16) com forte alta de 4,86

O dólar registrou seu maior valor nominal (sem considerar inflação) no início desta semana. A moeda americana fechou, pela primeira vez, na casa dos R$ 5 devido às recentes preocupações com o novo coronavírus (covid-19).

O mercado seguiu tenso em vista da ação dos bancos centrais de anunciarem medidas contra o avanço da pandemia. Com destaque para o segundo corte na taxa de juros feita pelo Banco Central dos Estados Unidos que assustou os investidores quanto ao real impacto do coronavírus.

Confira as principais notícias que movimentam o mercado de câmbio:

  • Fed anuncia corte da taxa de juros para 0%
  • FMI diz estar pronto para combater a pandemia com US$ 1 tri
  • Boletim Focus reduz previsão do PIB e da Selic para 2020

Fed anuncia corte da taxa de juros para 0%

O Federal Reserve (Fed) anunciou, no último domingo (15), um novo corte na sua taxa de juros, mantendo-a entre 0% e 0,25%. A medida foi feita de forma emergencial, tendo em vista frear os impactos da pandemia nos Estados Unidos.

Saiba mais: Fed anuncia corte da taxa de juros para 0% e divulga plano de estímulos

A autoridade monetária central norte-americana também anunciou um pacote de estímulos à economia por conta do avanço do coronavírus. Por meio de Quantitative Easing (QE), o Fed irá injetar US$ 700 bilhões (R$ 3,40 trilhões) para sustentar a atividade econômica da maior potência do planeta.

Serão comprados US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro e US$ 200 bilhões em valores hipotecários. Está foi uma ação amplamente usada durante as recessões econômicas da crise financeira de 2008 nos Estados Unidos e durante a crise do Euro na União Europeia.

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Esse é o segundo corte na taxa de juros do banco central estadunidense em menos de duas semanas. No dia 3 de março, antes da reunião agendada, o Fed havia cortado a taxa de juros para 1,0% e 1,25%.

FMI diz estar pronto para combater a pandemia com US$ 1 tri

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que está preparado para mobilizar sua capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para auxiliar os países no combate da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Saiba mais: Coronavírus: FMI diz estar pronto para combater a pandemia com US$ 1 tri

“O FMI está pronto para mobilizar a capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para ajudar nossos membros. O mundo deve estimular de forma conjunta e coordenada a economia global, como fez durante a crise de 2008, para enfrentar os efeitos da pandemia do coronavírus”, disse a diretora-gerente do fundo, Kristalina Georgieva.

De acordo com Georgieva, o FMI tem US$ 50 bilhões em fundos de emergência flexíveis, com US$ 10 bilhões disponíveis sem taxas de juros. Além disso, o fundo tem 40 acordos de empréstimos em tramitação pelo valor de US$ 200 bilhões.

Boletim Focus reduz previsão do PIB e da Selic para 2020

Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, diminuíram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 de 1,99% para 1,68%. A taxa Selic também foi revisada para baixo, saindo de 4,25% ao ano para 3,75%.

Saiba mais: Boletim Focus reduz previsão do PIB e da Selic para 2020

Na primeira leitura do Boletim Focus deste ano, a economia do Brasil iria crescer 2,30%. Trata-se da 5ª  semana consecutiva de redução do PIB brasileiro.

Confira, em detalhes, as expectativas do mercado para 2020:

  • PIB: a projeção do crescimento da economia caiu para 1,68%.
  • IPCA: a projeção diminuiu de 3,20% para 3,05%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
  • Taxa Selic: a previsão caiu para 3,75%.
  • Dólar: os investidores aumentaram a previsão para R$ 4,35.
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu de US$ 36,40 bilhões para US$ 36,10 bilhões.
  • Investimento estrangeiro direto: os economistas indicaram que será de US$ 80 bilhões.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (13), o dólar encerrou em alta de 0,566%, cotado a R$ 4,80.

Arthur Guimarães

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