Dólar fecha o pregão estável, negociado a R$ 5,55
O dólar fechou o pregão desta terça-feira (20) praticamente estável, com uma leve alta de 0,01%, negociado aos R$ 5,551.
O mercado hoje acompanhou os desdobramentos do acordo entre o Congresso e o Governo sobre o Orçamento 2021. O dólar permaneceu grande parte do dia em queda, após uma série de embates, a equipe econômica e o Congresso chegou em um acordo.
“Em dia de agenda fraca e véspera de feriado, a definição sobre o Orçamento continua sendo o principal motor dos mercados. Ontem vimos a taxa de câmbio chegar perto do R$ 5,50 por conta da expectativa de acordo entre Congresso e o Ministério da Economia sobre o Orçamento”, disse a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli.
Além disso, de acordo com Alvaro Bandeira, sócio e economista-chefe do Modalmais, “no mercado internacional, o petróleo WTI, negociado em NY, mostrava queda de 1,48% (chegou a cair bem mais de 2%), com o barril cotado a US$ 62,44”.
O euro, por sua vez, era “transacionado praticamente estável em US$ 1,204 e notes americanos com taxa de juros de 1,563%. O ouro e a prata revertendo para altas na Comex e commodities agrícolas com viés de alta na Bolsa de Chicago. O minério de ferro com altas em Qingdao de 4,30%, com a tonelada em US$ 189,61”.
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- Orçamento: Apenas gastos com saúde estarão fora do teto, diz Guedes
- Monitor do PIB aponta alta de 1,4% em fevereiro ante janeiro, revela FGV
- Bolsonaro nomeia presidente e diretores do BC para mandatos fixos
Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou nesta terça-feira (20) a arrecadação de impostos e contribuições federais de R$ 137,932 bilhões em março. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 18,49% na comparação com o mesmo mês de 2020.
“Superamos as melhores expectativas de arrecadação de impostos em março. Tivemos os melhores desempenhos da série histórica do mês do trimestre, com aumentos reais expressivos”, afirmou Guedes.
Orçamento
Após o desfecho para confusão em torno do Orçamento deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou nesta terça-feira (20) que os gastos recorrentes continuam sob o teto de gastos e garantem o compromisso do governo com a Saúde e com a responsabilidade fiscal.
“Os gastos de natureza não-recorrente exprimem o compromisso com a saúde. Somente gastos com saúde estarão fora do teto, como aconteceu no ano passado. Teremos em 2021 o mesmo protocolo de 2020”, afirmou Guedes, enquanto citava o barulho de manifestações do lado de fora do prédio do ministério.
“Nesse ano teremos um foco maior e com mais moderação nesses gastos que, embora sejam extrateto, obedecem o protocolo da responsabilidade fiscal. Somente gastos com saúde e para preservar empregos estão no extrateto”, completou.
PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% em fevereiro ante janeiro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com fevereiro de 2020, a atividade econômica aumentou 1,6% em fevereiro de 2021.
“O crescimento de 1,4% da economia em fevereiro, em relação a janeiro, mostra continuidade na recuperação da economia. Embora expressiva essa taxa não é motivo de euforia já que são taxas comparadas a meses sob forte impacto da recessão da pandemia”, avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Mandatos fixos no BC
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e sete diretores da autoridade monetária foram nomeados nesta terça-feira (20) para cumprirem mandatos fixos na diretoria colegiada do BC.
Os decretos do presidente Jair Bolsonaro com a nomeação estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira e cumprem o previsto na Lei Complementar nº 179, de fevereiro de 2021, que dispõe sobre a autonomia do BC.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (19), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,61%, negociado a R$ 5,55.