Dólar encerrou o pregão em queda de 0,91% com anuncio da Rússia
O dólar encerrou nesta segunda-feira (11) em queda de 0,91%, negociado a R$ 5,415 na venda, movido pela reação do mercado ao anúncio da Rússia sobre o registro da primeira vacina contra coronavírus (covid-19).
O dólar hoje operava negativamente pela manhã, sendo negociado a R$ 5,44. O mercado acionário está atento à sugestão de Trump impostos sobre ganhos de capital nos EUA e o seu impacto na geração de empregos norte-americanos.
O movimento de queda na moeda norte-americana também foi causado pelo aumento das tensões geopolíticas entre os EUA e a China. Atualmente, as duas maiores economias do mundo continuam as negociações de compra da rede social chinesa TikTok.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa segunda-feira:
- BofA reduz projeção para Selic para 1,75% ao fim do ano;
- Trump ameaça impor tarifas sobre produtos brasileiros;
- Reforma administrativa: Governo adia envio ao Congresso para 2021;
BofA reduz projeção para Selic para 1,75% ao fim do ano
O Bank of America (BofA) informou nessa terça-feira (11) que revisou e reduziu para 1,75% sua projeção para taxa básica de juros (Selic) ao final de 2020. A previsão anterior era que o juro básico terminasse o ano em 2,00%.
A revisão do BofA, vem após sua avaliação de que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se posicionou mais inclinada a queda dos juros, quando comparada ao comunicado da última semana. Apesar disso, na ata, o BC apontou que a Selic está próxima a um limite.
Saiba mais: BofA reduz projeção para Selic para 1,75% ao fim do ano
“O Banco Central está preocupado com a inflação bem abaixo das metas e também com os riscos de uma recuperação da atividade mais lenta do que o esperado. Sobre a assimetria de riscos, o banco também esclareceu que (ela) vem do fiscal. Apesar desse risco, ainda se espera inflação abaixo da meta no horizonte relevante para a política monetária”, salientou o banco.
Fala de Trump movimentou o dólar hoje
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última segunda-feira (10), que pode impor tarifas a produtos brasileiros, se o Brasil não reduzir as taxas impostas ao etanol importados dos EUA.
Saiba mais: Trump ameaça impor tarifas sobre produtos brasileiros
De acordo com Trump, o governo norte-americano se baseia na política da reciprocidade. “No que diz respeito ao Brasil, se eles impõem tarifas, nós temos de ter uma equalização de tarifas. Vamos apresentar algo sobre tarifas e justiça, porque muitos países têm nos cobrado tarifas e nós não cobramos deles. É chamado reciprocidade. Você pode esperar algo sobre isso muito em breve”, disse o mandatário.
Reforma administrativa: Governo adia envio ao Congresso para 2021
O Governo Federal decidiu, nesta terça-feira (11), adiar o envio da proposta da reforma administrativa ao Congresso Nacional para 2021. A reforma mexerá com as regras dos servidores. Segundo informações do jornal “O Globo”, o Planalto, antes de dar sequência ao projeto, aguardará o resultado das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.
Saiba mais: Reforma administrativa: Governo adia envio ao Congresso para 2021
Mesmo sem a divulgação oficial do texto do projeto, alguns trechos da reforma já foram especulados. Entre eles, estão coisas como: mudanças na estabilidade dos servidores e a revisão dos métodos de avaliação para a criação do chamado “trainee do funcionalismo”, que seria um novo cargo, sem vínculo com a administração pública, com duração de dois anos para os potenciais servidores futuros.
Última cotação do dólar
Na sessão de segunda-feira (10), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,966%, negociado a R$ 5,4649 na venda.