O dólar encerrou nesta sexta-feira (14) em alta de 1,12%, negociado a R$ 5,417 na venda, movido pela reação do mercado ao anúncio do Bolsonaro sobre a possibilidade de furar o teto de gastos do governo.
O dólar hoje operava positivamente pela manhã, sendo negociado a R$ 5,4032. O mercado acionário está atento aos impactos da pandemia na economia global; o PIB da zona do euro caiu mais de 12% no segundo trimestre de 2020, em comparação ao trimestre imediatamente anterior, levando a região à recessão.
O movimento de alta na moeda norte-americana também foi causado pelo aumento das tensões geopolíticas entre os EUA e a China. Nesta sexta-feira as autoridades de ambos países anunciaram que não realizaram o encontro que estava marcado para este fim de semana, indicando uma fraqueza no acordo comercial entre Washington e Pequim.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:
- Goldman Sachs melhora estimativa para queda do PIB do Brasil;
- Vendas no varejo dos EUA passam os níveis anteriores à pandemia;
- EUA e China prorrogam reunião sobre acordo comercial;
- Argentina pode adiar prazo de oferta de reestruturação de títulos, diz jornal;
Goldman Sachs melhora estimativa para queda do PIB do Brasil
O Goldman Sachs (NYSE: GS) informou nesta sexta-feira (14) que revisou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, para uma que
As projeções anteriores do banco apontavam para uma baixa de 7,5% no PIB. Conforme o relatório, o Goldman Sachs se tornou mais otimista com a economia brasileira conforme dados e indicadores da atividade no país foram divulgados nos últimos meses.
Saiba mais: Goldman Sachs melhora estimativa para queda do PIB do Brasil
Em nota, o chefe da pesquisa para região América Latina do banco, Alberto Ramos, disse que as razões por trás da revisão são:
- o fato dos indicadores econômicos estarem se recuperando;
- os índices antecedentes estarem positivos;
- e uma crescente probabilidade de estímulo fiscal “significativo” contínuo até pelo menos o final do ano;
Divulgação dos dados econômicos dos EUA movimentou o dólar hoje
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta sexta-feira (16) que as vendas no varejo aumentaram 1,2% em relação ao mês anterior. O número que representa as compras em lojas, restaurantes e e-commerce totalizaram US$ 530,59 bilhões (cerca de R$ 2,88 trilhões) no mês passado, superando aos níveis pré-pandêmicos.
Saiba mais: Vendas no varejo dos EUA passam os níveis anteriores à pandemia
Isso marcou o terceiro ganho mensal consecutivo, enquanto os EUA se esforçavam para reabrir sua economia o máximo possível, apesar dos desafios impostos pela pandemia do coronavírus (covid-19). Quando comparado com fevereiro deste ano, o crescimento do varejo foi de 1,7%. Em julho, os consumidores aumentaram seus gastos com eletrônicos e eletrodomésticos, produtos de saúde e restaurantes.
EUA e China prorrogam reunião sobre acordo comercial
Os EUA e a China anunciaram nesta sexta-feira (14) que adiarão as negociações que estavam planejadas para este fim de semana. Nelas, as autoridades visavam revisar o progresso da primeira fase do acordo comercial, que completou seis meses em agosto.
O vice-premiê chinês, Liu He, deveria realizar uma videoconferência com o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, mas foi remarcada sem uma data definida, de acordo com o jornal Bloomberg.
Argentina pode adiar prazo de oferta de reestruturação de títulos, diz jornal
A Argentina deve adiar o prazo da sua oferta de reestruturação de títulos para depois do dia 24 de agosto (prazo atual para aceitar o acordo), e exibir uma nova proposta à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos até semana que vêm, segundo informou uma fonte à ‘Reuters’.
Saiba mais: Argentina pode adiar prazo de oferta de reestruturação de títulos, diz jornal
Nesse cenário, após a Argentina apresentar a nova proposta, os detentores dos títulos vão contar com até 10 dias úteis para deliberar sobre a oferta.
Entretanto, como o prazo atual é até 24 de agosto, o governo teria que emitir um decreto para formalizar a proposta e registrá-la na Comissão de Valores Mobiliários norte-americana ainda hoje.
Última cotação do dólar
Na sessão de quinta-feira (13), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,563%, negociado a R$ 5,3675, na venda. No acumulado da semana, a moeda norte-americana registrou um aumento de 0,27%.
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