Dólar encerra semana em queda acumulada de 0,34%
O dólar encerrou esta semana em queda acumulada de 0,34%, sendo cotado em R$ 4,09.
A variação negativa do dólar ocorreu em meio a novos desdobramentos sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Confira quais foram as principais notícias que contribuíram para a queda da moeda norte-americana ao longo desta semana:
- Segunda-feira: fechou em queda de 1,1% após os EUA divulgarem que as exportações para a China dobrarão com o acordo comercial;
- Terça-feira: encerrou em alta de 0,20% mesmo após a CNI apontar que a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2020;
- Quarta-feira: fechou em queda de 0,22% em meio ao processo de impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump;
- Quinta-feira: encerrou em leve alta de 0,06% após a Câmara dos EUA aprovar o impeachment de Trump;
- Sexta-feira: encerrou em alta de 0,79% com Trump sinalizando que o acordo comercial com a China está indo bem.
Segunda-feira
Na segunda-feira (16), o dólar encerrou em queda de 1,103% sendo cotado a R$ 4,0633.
Neste dia, o cenário externo foi movimentado pela declaração do o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, que afirmou que as exportações dos EUA para a China dobrarão sob a “fase um” do acordo da guerra comercial entre Washington e Pequim.
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No cenário interno, o Boletim Focus alterou pela terceira semana seguida, a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Com isso, a previsão foi de crescimento passou para 1,12%. Há três semanas, a estimativa era de um crescimento de 0,92%.
Ademais, o Banco Central (BC) informou que já vendeu cerca de US$ 28 bilhões das reservas internacionais neste ano com o objetivo de conter a alta da moeda norte-americana.
Terça-feira
A moeda norte-americana encerrou, na terça-feira (17), em alta de 0,20%, cotada em R$ 4,066. A variação positiva ocorreu mesmo após a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontar que a economia brasileira deverá crescer 2,5% no ano que vem.
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O otimismo no cenário interno foi ampliado pela divulgação do risco-país do Brasil, que chegou a 98 pontos-base. Em termos comparativos, em 31 de dezembro do ano passado estava em 207. O desempenho animador segue a tendência dos outros emergentes, como Colômbia, México e Rússia.
Já no mercado externo, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, informou que a produção industrial nos Estados Unidos aumentou 1,1% em novembro.
Quarta-feira
O dólar fechou, na quarta-feira (18), em queda de 0,223%, sendo cotado a R$ 4,0634. O mercado estava aguardando a votação do impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aconteceu após o fechamento do pregão brasileiro.
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No Brasil, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu em dezembro e atingiu 64,3 pontos. É o maior nível alcançado para o mês desde 2010, de acordo com a entidade.
Além disso, as discussões sobre uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) voltaram a ocorrer. Isso porque o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a volta de um imposto semelhante à antiga CPMF não está descartada.
Quinta-feira
Na quinta-feira (19), a moeda norte-americana encerrou em alta de 0,069% sendo cotada a R$ 4,0628. Entre as notícias que movimentaram o mercado neste dia, está a aprovação do impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump, na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.
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Além disso, ainda no cenário externo, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou estar “confiante” de que a primeira fase do acordo da guerra comercial com a China será assinada no início de janeiro de 2020.
No mercado interno, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informou que o Brasil gerou 99.232 postos de trabalho com carteira assinada em novembro. Com o resultado, o País chega ao oitavo mês consecutivo com saldo positivo na criação de empregos.
Sexta-feira
No último dia da semana, sexta-feira (20), a moeda norte-americana fechou em alta de 0,79%, a R$ 4,0949 na venda. O mercado reagiu a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que conversou com o presidente da China, Xi Jinping, sobre um acordo comercial.
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“Tive uma conversa muito boa com o presidente Xi, da China, sobre nosso gigantesco acordo comercial. A China já iniciou compras em larga escala de produtos agrícolas e mais. A assinatura formal está sendo organizada”, escreveu o mandatário no Twitter.
Além disso, ainda no cenário externo, as incertezas econômicas foram impulsionadas pela aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
No Brasil, a cotação do dólar foi influenciada pela informação de que a dívida pública federal cresceu 2% em novembro em comparação ao mês anterior. O valor da dívida é de R$ 4,205 trilhões.