Dólar encerra semana em alta de 0,6% e se aproxima da máxima histórica
O dólar encerrou, nesta semana, em alta de 0,6%, vendido a R$ 4,1934. Esta é a segunda maior cotação histórica da moeda norte-americana, só ficando atrás de R$ 4,1957, registrada no dia 13 de setembro de 2018.
Confira quais foram os fatores que contribuíram para a variação positiva do dólar nesta semana:
- Segunda-feira: fechou em queda de 0,61% refletindo as instabilidades políticas na Bolívia e no Chile;
- Terça-feira: subiu 0,58% após novas declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a guerra comercial;
- Quarta-feira: encerrou em variação positiva de 0,48% ainda como reflexo das crises políticas na América do Sul;
- Quinta-feira: fechou, mais uma vez, em alta de 0,16% e atingiu a segunda maior cotação da história, com o mercado de olho na guerra comercial.
Segunda-feira
Na segunda-feira (11), a moeda norte-americana fechou em queda de 4,614%, cotado em R$ 4,1428. A queda ocorreu em meio a instabilidades políticas na Bolívia e no Chile.
Saiba mais: Dólar encerra em queda após crises na Bolívia e Chile
No entanto, o otimismo do mercado ocorreu após o chefe de divisão de estudos regionais do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jorge Roldos, afirmar que as turbulências nestes locais podem não gerar consequências para os outros países da região.
O mercado foi movimentado também pela suspensão da revisão do contrato sobre o investimento da Boeing na Embraer por membros da Comissão Europeia.
Além disso, no primeiro dia da semana, o Ministério da Agricultura informou que a autoridade sanitária da Arábia Saudita, a Saudi Food and Drug Authority (SFDA), habilitou oito frigoríficos do Brasil a exportarem carne bovina ao país.
Terça-feira
O dólar fechou, na terça-feira (12), em alta de 0,582%, vendido a R$ 4,1669. A variação positiva foi um reflexo das novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a guerra comercial com a China.
De acordo com o mandatário norte-americano, o país asiático está desesperado para assinar um acordo comercial.
Saiba mais: Dólar encerra em alta com China em busca de acordo comercial
A valorização do dólar ante o real ocorreu após também o Congresso Nacional promulgar a reforma da Previdência. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 103/2019 altera a regra de aposentadoria para trabalhadores do setor privado e para servidores públicos federais.
Ademais, o mercado também foi movimentado pelo anúncio que a Amazon abrirá uma rede de supermercados em 2020.
Quarta-feira
Na quarta-feira (13), o dólar fechou em variação positiva de 0,48%, vendido a R$ 4,1869. Este era, até então, a segunda maior cotação da moeda norte-americana ante o real da história.
Saiba mais: Dólar fecha em alta de 0,48% e chega ao segundo maior valor da história
A alta continuou refletindo as turbulências na América do Sul. Neste dia, a estatal petrolífera boliviana YPFB comunicou à Petrobras que poderia haver “eventual variação” no fornecimento de gás natural para o Brasil. O pais vizinho é responsável por um quinto do fornecimento de gás brasileiro.
Por outro lado, os investidores se mostraram otimistas após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que o o governo brasileiro está negociando a criação de uma zona de livre comércio com a China.
Quinta-feira
No último dia da semana, na quinta-feira (14), a moeda estadunidense renovou o posto de segunda maior cotação da história, após fechar em alta de 0,16%, vendido a R$ 4,193.
Saiba mais: Dólar fecha em alta de 0,16% mesmo com dados positivos no IBC-Br
A variação positiva ocorreu com o mercado de olho nos desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Além disso, o Banco Central (BC) comunicou que Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou um crescimento de 0,44% em setembro. O fator contribui para o otimismo do mercado interno.
Ainda em contrapartida a desvalorização do real ante o dólar, o presidente do Carrefour no Brasil, Noël Prioux, declarou que o grupo pretende investir R$ 2 bilhões no País em 2020. Com mais investimentos externos, o fluxo da moeda norte-americana no Brasil aumentará.