O dólar encerrou nesta quinta-feira (16) em queda de 1,038%, negociado a R$ 5,3279 na venda, movido pelo temor no mercado em relação ao aumento nos casos de coronavírus (covid-19).
O dólar hoje operava negativamente pela manhã, sendo negociado a R$ 5,3643 na venda. O mercado segue de olho nas potenciais vacinas no combate à pandemia do novo coronavírus; o experimento da Universidade de Oxford apresentou resultados iniciais positivos..
O movimento de queda na moeda norte-americana também foi causado pela divulgação dos resultados abaixo do esperado na economia chinesa. Apesar da China ter apresentado um crescimento de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB), a economia da China caiu 1,6% nos primeiros seis meses do ano.
Além disso, os investidores, tanto no Brasil como no exterior, seguem atentos às medidas de estados como a Califórnia, que impuseram novamente bloqueios e restrição de certas atividades. De acordo com um relatório divulgado pelo Fed, as empresas relataram incerteza sobre a demanda futura em meio aos novos casos da doença.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:
- Após tombo, PIB da China cresce de 3,2% no 2T20, acima do esperado;
- Vendas no Varejo dos EUA avançam 7,5% em junho;
- UBS reduz previsão de queda para o PIB em 2020 para 5,5%;
- Coronavírus: 522,7 mil empresas fecharam definitivamente na 1ª quinzena de junho
Após tombo, PIB da China cresce de 3,2% no 2T20, acima do esperado
O PIB da China cresceu 3,2% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período no ano anterior. Esse resultado reflete uma recuperação econômica da segunda maior potência mundial, após a contração de 6,8% no primeiro trimestre devido a pandemia do novo coronavírus.
Saiba mais: China: Após tombo, PIB da China cresce de 3,2% no 2T20, acima do esperado
O resultado ficou acima do estimado pelos analistas que esperavam alta de 2,5%. Apesar do crescimento econômico apresentado no segundo trimestre, a economia da China caiu 1,6% nos primeiros seis meses do ano. O governo chinês vem implementando pacote de estímulos econômicos como mais gastos fiscais, isenção de impostos e cortes nas taxas de empréstimos.
Divulgação das vendas no varejo dos EUA movimentaram o dólar hoje
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quinta-feira (16) que as vendas no varejo aumentaram 7,5% durante o mês de junho. O número que representa as compras em lojas, restaurantes e e-commerce totalizaram US$ 524,3 bilhões (cerca de R$ 2,81 trilhões) no mês passado, aproximando-se aos níveis pré-pandêmicos.
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Os consumidores norte-americanos aumentaram os gastos em lojas e concessionárias de automóveis em junho pelo segundo mês consecutivo, à medida que os estados reabriam a economia. Entretanto, o recente aumento de casos de coronavírus (covid-19) poderia novamente diminuir o crescimento dos empregos e dos gastos no varejo.
UBS reduz previsão de queda para o PIB em 2020 para 5,5%
O banco suíço UBS divulgou nessa quinta-feira (16) um relatório chamado de “Brasil: uma luz no fim do túnel”, no qual reduziu sua previsão de queda para o PIB brasileiro em 2020, para 5,5%, ante a 7,5% na última projeção. Em contrapartida, para o ano que vem, o UBS agora espera que o PIB brasileiro avance 3%, ao passo que a projeção anterior estimava uma expansão de 3,5%.
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Um dos motivos da revisão da projeção do PIB foi o auxílio emergencial de R$ 600 se mostrar efetivo dando suporte à população mais carente. “Os programas do governo, principalmente o ‘coronavoucher‘ (como é conhecido o auxílio emergencial), se provaram bem-sucedidos em apoiar a renda”, explicaram os economistas do UBS, Tony Volpon e Fabio Ramos.
Além disso, o relatório destacou que a revisão é reflexo da forte recuperação da economia da China, e o resumo da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic), para 2,25% ao ano, o que coopera para suavizar as condições financeiras e reduzir as incertezas, embora ainda sejam altas.
Coronavírus: 522,7 mil empresas fecharam definitivamente na 1ª quinzena de junho
Devido à pandemia de coronavírus, 522,7 mil negócios foram fechados definitivamente na primeira quinzena de junho. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa, que mediu o impacto da Covid-19 nas companhias. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Além dos fechamentos definitivos, o IBGE também registrou o fechamento temporário de empresas. No total, parcial ou definitivamente, cerca de 1,3 milhão de empresas suspenderam as operações durante os primeiros 15 dias de junho. Desse total, 39,4% das companhias encerraram as atividades.
Última cotação do dólar hoje
Na sessão de quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 0,662%, negociado a R$ 5,3838 na venda.