O dólar fechou o primeiro pregão do mês, nesta segunda-feira (1), em queda de 0,451%, negociado a R$ 5,4498 na venda.
A moeda norte americana iniciou a primeira cotação do mês de fevereiro em queda, com os assuntos internos no radar dos investidores brasileiros. Por volta das 9h30, o dólar apresentava queda de 0,36%, negociado a R$ 5,4424.
O mercado acompanha a greve dos caminhoneiros, mas também as projeções econômicas do Brasil.
Apesar dos apelos do presidente Jair Bolsonaro, a greve dos caminhoneiros autônomos a partir desta segunda-feira será mantida, segundo o presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias. O dirigente do CNTRC acrescentou que a duração do movimento é “indeterminada” e que 22 Estados participam do conselho.
Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado hoje:
- PIB dos EUA deve voltar aos níveis pré-pandemia este ano
- Balança comercial tem déficit de US$ 1,125 bilhão em janeiro
- “2021 será chave para agenda de reforma fiscal no Brasil”, diz Fitch
PIB dos Estados Unidos
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) revisou suas projeções e informou nesta segunda-feira (1) que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve voltar aos níveis pré-pandemia ainda este ano.
Além de revisar suas projeções para o PIB dos EUA, o CBO atualizou suas previsões sobre a recuperação do emprego no País, apontando que a quantidade de empregos deve retornar ao seu nível anterior à pandemia de coronavírus (Covid-19) em 2024.
“Nas projeções do CBO, o índice de desemprego diminui gradualmente até 2026, e o número de pessoas empregadas volta ao seu nível anterior à pandemia em 2024”, salienta o escritório, mas destaca que a força de trabalho deve se recuperar mais cedo, em 2022.
Balança comercial
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia divulgou nesta segunda-feira (1) que a balança comercial brasileira teve déficit de US$ 1,125 bilhão em janeiro.
Vale lembrar que em janeiro de 2020 o resultado da balança comercial também havia sido negativo, em US$ 1,684 bilhão.
No entanto, o déficit do mês passado veio menor do que esperavam os analistas do Projeções Broadcast. A mediana estimada por eles era de saldo negativo de US$ 2,09 bilhões.
Brasil
A Fitch afirmou nesta segunda-feira (1) que o grande déficit e a elevada dívida pública do Brasil são uma mostra dos “continuados desafios fiscais” do País, mesmo que o desempenho de 2020 tenha sido melhor do que o esperado. Segundo a agência, “este ano será chave para revitalizar a agenda de reforma fiscal do governo, ao impulsionar a flexibilidade orçamentária e manter a credibilidade sobre o teto de gastos”.
Na última sexta-feira (29), foi anunciado que o déficit geral do governo do Brasil mais que dobrou, para 14% do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 6% em 2019, lembra a Fitch em seu relatório. A agência previa déficit de 16,4%.
A projeção é que a contração econômica do País no último ano tenha sido de mais de 4% e que a dívida geral do governo tenha avançado a 89,3% do PIB em 2020, de 74,3% em 2019, “bem acima da mediana da categoria BB” de rating.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (29), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,714%, cotado a R$ 5,4745.