O dólar encerrou nesta segunda-feira (30) em alta de 0,38%, negociado a R$ 5,3462 na venda.
Apesar de encerrar em alta, o dólar hoje abriu em baixa nos negócios deste último dia de novembro, em sintonia com o sinal majoritário no exterior, mas também refletindo a continuidade do fluxo positivo ao Brasil.
Por volta das 10h40, as ações da farmacêutica Moderna saltaram 10% no pré-mercado em Nova York, após a companhia anunciar que sua vacina experimental para covid-19 apresentou 94,1% de eficácia em resultados finais dos testes da fase 3.
Além disso, a empresa informou que pedirá autorização para uso emergencial do imunizante nos Estados Unidos e na Europa. Os juros dos Treasuries de dez e trinta anos viraram para cima e foram às máximas do dia após o anúncio da Moderna.
Diante disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nesta segunda-feira:
- Moderna solicitará aprovação emergencial de sua vacina contra Covid-19
- Dívida pública cresce e chega a 90,7% do PIB
- Equipe de Biden confirma Janet Yellen como secretária do Tesouro dos EUA
Vacina da Moderna
A Moderna (NASDAQ: MRNA) informou, nesta segunda-feira (30), que solicitará aos reguladores de saúde norte-americanos e europeus que autorizem de forma emergencial sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19).
Dessa forma, a vacina da Moderna pode ser a segunda a entrar em uso nos Estados Unidos ainda em 2020, já que o medicamento da Pfizer e da BioNTech já está sob supervisão governamental. Caso as autorizações ocorram, é esperado que o público em geral tenha acesso às vacinas durante o primeiro semestre do ano que vem.
Nos estudos da Moderna, foram contabilizados 30 mil voluntários, ao passo que 196, ou 0,65%, foram contaminados pelo coronavírus após receberam a vacina ou placebo. Desses, 185 haviam tomado placebo, enquanto apenas 11 haviam recebido a vacina efetivamente — demonstrando que, de fato, ela pode oferecer proteção contra a doença.
Dívida Pública
O Banco Central do Brasil divulgou hoje os números da dívida pública brasileira que, pelo décimo mês consecutivo, cresceu, alcançando 90,7% do Produto Interno Bruto (PIB). A quantia é a maior da série histórica, que começou a ser contabilizada em dezembro de 2006.
A dívida pública brasileira vem subindo desde janeiro e acelerou em março por conta da pandemia do novo coronavírus, que levou o Governo Federal a aumentar gastos.
No primeiro mês do ano, a relação da dívida pública/PIB estava em 76,2% e, desde então, cresceu 14,9 pontos percentuais. Em setembro, ela chegou a 90% pela primeira vez na história.
No acumulado do ano, o crescimento da dívida pública é de R$ 661,8 bilhões (9,13% do PIB). Para fins de comparação, até o mesmo período de 2019 esse número era de R$ 33 bilhões.
Joe Biden elege a nova secretária do Tesouro dos EUA
A equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta segunda-feira (30) por meio de comunicado a indicação de Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve (Fed), para comandar o Tesouro dos EUA a partir do próximo ano.
A indicação da secretária do Tesouro havia sido divulgada na semana passada pela imprensa americana, impulsionando uma alta nos mercados acionários, já que a ex-presidente do Fed deve defender mais estímulos fiscais. Yellen será a primeira mulher a comandar o Tesouro.
A ex-presidente do Fed escreveu em sua conta oficial no Twitter que os Estados Unidos enfrentam “grandes desafios como país”.
“Para nos recuperarmos, devemos restaurar o sonho americano – uma sociedade onde cada pessoa pode atingir seu potencial e sonhar ainda mais alto para seus filhos”, afirmou Yellen. “Como secretária do Tesouro, trabalharei todos os dias para reconstruir esse sonho para todos”, acrescentou.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (27) o dólar encerrou em queda de 0,18%, negociado a R$ 5,3256 na venda.
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