O dólar encerrou nesta quarta-feira (3) em queda de 2,384%, negociado a R$ 5,0862 na venda, com os investidores de olho nos avanços da vacina de coronavírus (Covid-19).
Pela manhã, o dólar também abriu em queda, quando na última terça-feira (2) o representante comercial norte-americano Robert Lighthizer, disse que o país iniciará uma investigação sobre a atuação das empresas de tecnologia dos EUA que operam no exterior.
Além disso, ficou no radar dos investidores, a declaração do diretor de política monetária do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, sobre o patamar da Selic. Segundo ele, Selic a 2,25% não é um nível que não podemos cruzar.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quarta-feira:
- Segundo Banco Mundial, coronavírus trará crise aos emergentes por até 5 anos;
- Selic a 2,25% não é um nível que não podemos cruzar, diz BC;
- EUA prevê vacina de coronavírus até fim do ano e Brasil vai testar vacina desenvolvida por Oxford;
- Última cotação do dólar.
Coronavírus trará crise aos emergentes
Os países de economia de baixa renda e os países emergentes deverão ser impactadas pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) pelos próximos 5 anos, apontou um estudo do Banco Mundial (BM) divulgado na última terça-feira.
Devido às medidas de isolamento social, causando a paralisação econômica de diversas nações, o coronavírus já instaurou uma grave recessão no planeta, aponta a instituição. Em seu estudo, o Banco Mundial analisa quais mercados emergentes se recuperariam de forma mais rápida após o arrefecimento da crise nos sistemas de saúde.
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“A gravidade excepcional da pandemia e do colapso econômico” não apenas eleva o risco de “uma perda permanente dos níveis de produção como de uma desaceleração permanente do crescimento potencial da produção”, disse a organização internacional.
Selic
O patamar de 2,25% para a taxa básica de juros da economia (Selic) “não é algo escrito na pedro ou algo fixo, que não pode ser cruzado”. A declaração foi realizada pelo diretor de política monetária do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, nesta quarta-feira.
Na teleconferência organizada pela American Chamber of Commerce, Kanczuk, no entanto, afirmou que esse nível da Selic é mais ligado à política monetária focada no hiato do produto e no risco para a taxa neutra de juros. Isso é caracterizado por ser um effective lower bound — quando a eficácia da política monetária no estímulo à economia é perdida pelo nível de juros já estar baixo.
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No início do mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a Selic em 0,75%. Com o novo corte, a taxa caiu para 3% ao ano, tornando-se a mínima da série histórica.
Vacina de Coronavírus
A diretora do Programa de Pesquisa de Doenças Infecciosas das Forças Armadas dos Estados Unidos afirmou na última terça-feira que é “razoável esperar que haverá algum tipo de vacina [contra o novo coronavírus] que estará disponível para uma parcela da população até o final do ano”.
Outro pesquisador do Exército, Kayvon Modjarrad, disse que os pesquisadores estão aprendendo sobre o coronavírus “mais rápido do que já aprendemos sobre qualquer outro vírus antes”.
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Além disso, dois mil brasileiros serão voluntários para teste da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) desenvolvida pela Universidade de Oxford. O Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a testar a eficácia do antídoto. A primeira fase de teste será iniciada ainda este mês.
Na última terça-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com apoio do Ministério da Saúde, aprovou o procedimento. Os testes da vacina contra o coronavírus serão realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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No epicentro do país, São Paulo, os estudos serão comandados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e financiado pela Fundação Lemman. Para os teste serão necessário 1 mil voluntários que estejam na linha de frente no combate a covid-19 e que não tenham sido infectados em outra ocasião. As outras mil pessoas farão teste no Rio de Janeiro.
Última cotação do dólar
Na sessão da última terça-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 3,23%, negociado a R$ 5,210 na venda.