O dólar encerrou nesta terça-feira (23) em queda de 2,259%, negociado a R$ 5,1531 na venda.
Pela manhã, o dólar abriu em forte queda, enquanto o mercado estava de olho no o superávit de US$ 1,653 bilhão na balança comercial brasileira — queda de quase 10% na comparação anualizada.
Além disso, os investidores ficaram atentos aos dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicando que o comércio mundial caiu acentuadamente no primeiro semestre do ano.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa terça-feira:
- Banco Central estabelece critérios para compra de ativos privados;
- Europa registra uma redução mais leve no PMI durante o mês de junho;
- Comércio cai drasticamente na primeira metade de 2020, diz OMC;
- Última cotação do dólar.
Banco Central
O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira que definiu os critérios para a compra de títulos do setor privado no mercado secundário – a medida inclui empresas e bancos. A regulamentação foi fixada através de uma carta circular.
O estabelecimento das normas do BC para a compra dos ativos passou a ser prevista com a promulgação da emenda constitucional do “Orçamento de Guerra“, no início do mês passado. A medida retira do Orçamento-Geral da União os gastos emergenciais para o combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Saiba mais: Banco Central estabelece critérios para compra de ativos privados
“Trata-se de medida visando dar liquidez, proporcionando melhores condições de funcionamento ao mercado secundário de ativos privados, com potenciais benefícios para o financiamento à atividade produtiva em geral”, disse a autoridade monetária central do País.
PMI industrial da Europa
O instituto IHS Markit divulgou nesta terça-feira uma redução mensal mais leve no PMI industrial da Europa, que passou de 39,4 pontos em abril para 46,9 pontos em junho. O número foi maior que o previsto pelo mercado, de 44,5 pontos.
De acordo com a pesquisa, a atividade empresarial na Europa diminuiu em um ritmo mais desacelerado em junho, à medida que as restrições para conter a pandemia do coronavírus foram relaxadas. Dessa forma, o mercado se torna mais otimista com os sinais de recuperação na economia da região do euro.
Saiba mais: Europa registra uma redução mais leve no PMI durante o mês de junho
As empresas europeias relataram sinais mais fortes de normalização da demanda e das vendas comparado com o que era esperado nos setores de serviços e produção, à medida que as restrições ligadas à pandemia foram suspensas e o consumo retomado.
Comércio na primeira metade de 2020
A Organização Mundial do Comércio (OMC) informou nesta terça-feira que o comércio mundial caiu acentuadamente no primeiro semestre do ano. Os economistas da OMC agora acreditam que, embora os volumes comerciais registrem um declínio acentuado em 2020, é improvável que eles atinjam o pior cenário projetado em abril.
O volume de comércio de mercadorias diminuiu 3% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre, de acordo com as estatísticas da OMC. As estimativas iniciais para o segundo trimestre, quando o vírus e as medidas de bloqueio associadas afetaram uma grande parcela da população global, indicam uma queda de cerca de 18,5% para 2020.
Saiba mais: Comércio cai drasticamente na primeira metade de 2020, diz OMC
Apesar do forte impacto que a pandemia do coronavírus teve nas economias, as respostas ágeis dos governos ajudaram a amenizar a contração global. A instituição alega que os declínios são historicamente grandes, mas poderiam ter sido muito piores.
Última cotação do dólar
Na sessão da última segunda-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,865%, negociado a R$ 5,2722 na venda.