O dólar encerrou nessa quinta-feira (5) em queda de 1,91%, negociado a R$ 5,545 na venda.
O dólar hoje abriu em queda enquanto o mercado estava atento as apurações das eleições presidenciais dos EUA e desoneração da folha de pagamentos no Brasil.
Durante o dia ficou no radar dos investidores a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que o Brasil terá uma moeda digital.
Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- Fed confirma taxas de juros inalteradas entre 0% e 0,25%
- EUA: Pedidos de auxílio-desemprego caem 7 mil na semana, a 751 mil
- Restrições por covid devem pesar menos sobre economia, diz BCE
- Real digital: Paulo Guedes confirma que Brasil terá moeda eletrônica
- Última cotação do dólar
Fed mantém taxas de juros inalteradas
O Federal Reserve (Fed), o banco central do Estados Unidos, decidiu manter a taxa de juros o intervalo entre 0% e 0,25%. A decisão foi tomada nesta quinta-feira pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em unanimidade.
O consenso do mercado sobre o nível das taxas de juros estava entre 0% e 0,25%. As taxas de juros estão inalteradas nesse patamar desde o dia 15 de março. O Fed tomou essa medida como resposta emergencial devido a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
No mesmo dia, a autoridade central monetária norte-americana tinha anunciado um pacote de estímulos (Quantitative Easing (QE)) à economia por conta do avanço da pandemia.
Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA
O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta quinta-feira que os novos pedidos de auxílio-desemprego no país registraram uma queda de 7 mil na semana encerrada em 31 de outubro, a 751 mil, segundo dados com ajustes sazonais.
O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 741 mil solicitações de seguro-desemprego nos EUA.
Apesar da diminuição dos pedidos iniciais, estes permanecem acima do pico de 665 mil visto durante a Grande Recessão, entre os anos de 2007 a 2009. O valor elevado revela que a recuperação econômica está perdendo força à medida que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) se intensifica e o estímulo fiscal termina.
BCE
Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Jens Weidmann, declarou nesta quinta-feira que as medidas adotadas por países europeus para conter a segunda onda da pandemia do coronavírus (Covid-19) influenciarão na economia deste trimestre, entretanto, esse impacto agora deve ser “menos severo” do que no início da crise, já que as medidas para conter o problema são mais direcionadas e as empresas ganharam experiência em lidar com o contexto, explicou.
Segundo o integrante do conselho do BCE, a retomada econômica na zona do euro diante da pandemia foi “significativamente mais forte do que o esperado”, porém, pode levar tempo para que o novo coronavírus seja contido “de uma maneira sustentável”, revelou.
“Do ponto de vista de hoje uma sucessão de lockdowns e novas ondas subsequentes não podem ser descartadas”, alertou Weidmann.
Real digital
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na noite da última quarta-feira (4), que o Brasil terá uma moeda digital. O real digital tem sido estudado pelo Banco Central desde agosto, mas não haviam sido divulgadas novas informações.
Em um evento da Caixa Econômica Federal, em cerimônia à marca de 100 milhões de Poupanças Digitais do banco estatal, Guedes disse que “com o Banco Central autônomo novamente, então isso é algo extraordinário, também na dimensão digital. O Pix, o open banking, as fintechs e a moeda digital. O Brasil terá a moeda digital”, referindo-se ao real digital.
Essa foi a primeira ocasião em que o ministro falou sobre o tema. Por mais que não tenha dado mais informações sobre os estudos do BC, ele disse que o Brasil está à frente de muitos países. Guedes comentou que o País tem o quarto maior mercado digital do mundo — fato que já foi utilizado por ele na defesa de um imposto sobre transações digitais.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em queda de 1,89%, negociado a R$ 5,653.
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