Dólar encerra em queda de 1,709 %, cotado em R$ 5,7401
O dólar encerrou nesta sexta-feira (8) em queda de 1,709%, negociado a R$ 5,7401 na venda, após o desemprego dos EUA disparar e chegar a 14,7%.
A moeda norte americana também abriu em queda nessa manhã, entretanto, no acumulado dessa semana o dólar apresentou uma alta de 4,64%.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:
- Desemprego nos EUA;
- China e EUA se comprometem com a primeira fase do acordo comercial;
- Não é claro como o Brasil sairá da crise, diz Setubal, copresidente do Conselho de Administração do Itaú (ITUB4).
Desemprego nos EUA dispara e chega a 14,7%
Impactada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a taxa de desemprego dos Estados Unidos atingiu 14,7% em abril, segundo as informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, frente a 4,4% em março. Essa é a maior taxa desde a Grande Depressão, ocasionada pela crise de 1929.
O avanço do desemprego no país, decorrente em grande parte pelo coronavírus, é de aproximadamente o dobro do registrado entre 2007 e 2009, período em que a crise do subprime trazia suas consequências aos Estados Unidos e ao mundo.
Na crise deste ano, as medidas de contenção da disseminação do vírus, autorizadas pelo presidente Donald Trump e lideradas líderes regionais, fizeram com que diversas empresas paralisassem suas operações. Sem gerar receita, muitas empresas, para não quebrar, demitiram muitos funcionários.
Acordo comercial entre China e EUA
Os Estados Unidos e a China se comprometeram a criar condições favoráveis para a fase 1 do acordo comercial. Os negociadores dos países se conversaram nesta sexta-feira (8) por meio de uma ligação telefônica, conforme foi divulgado na agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
A ligação foi entre o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e com secretário do Tesouro americano, Steve Mnunchin.
Saiba mais: China e EUA se comprometem com a primeira fase do acordo comercial
Após dois anos de guerra comercial, o acordo fase 1 foi anunciado em janeiro deste ano. O tratado consiste na suspensão de aumento de tarifas por parte de Washington, e Pequim intensificaria as compras de produtos norte-americanos em US$ 200 bilhões.
No entanto, a pandemia do novo coronavírus (covid-19), originado no país asiático, paralisou as negociações e provocou dúvidas de que a China conseguiria cumprir o acordo.
Itaú (ITUB4): Não é claro como o Brasil sairá da crise, diz Setubal
Em uma transmissão ao vivo organizada pelo Itaú (ITUB4) na noite da última quinta-feira (7), o copresidente do Conselho de Administração do banco, Roberto Setubal, disse que a crise gerada pelo coronavírus (Covid-19) “veio como um meteoro na Terra”. Para ele, não é claro como o Brasil, e o mundo, sairá dessa situação.
Para o ex-presidente do Itaú, de forma distinta da crise do subprime, em 2008, o Brasil está em um estado mais frágil, com uma maior dívida pública e alavancagem elevada na economia.
Leia mais: Itaú (ITUB4): Não é claro como o Brasil sairá da crise, diz Setubal
Segundo o executivo, o sistema financeiro brasileiro poderá sofrer consequências até nos próximos anos devido ao impacto da crise. Reflexo disso são as quatro maiores intituições financeiras, além do Itaú, Bradesco (BBDC4), Santander (SANB3) e Banco do Brasil (BBAS3), realizando maiores provisões sobre PDD, o que impactou seus lucros.
Última cotação do dólar
Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou o pregão cotado a R$ 5,8399, após uma variação positiva de 2,392%.