O dólar encerrou nesta quinta-feira (14) em queda de 1,373%, negociado a R$ 5,8202 na venda.
Nessa manhã, o dólar abriu em alta e durante o dia, ficou no radar do investidor os dados do seguro-desemprego dos EUA, que ficaram acima do esperado.
Além disso, o presidente do Banco Central norte-americano solicitou ao governo mais investimento no combate da crise causada pelo novo coronavírus (Covid-19).
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- EUA registram 2,9 milhões de pedidos de seguro-desemprego;
- Roberto Azevêdo deixa cargo de diretor-geral da OMC;
- BCE rechaça críticas sobre juro negativo e defende medida;
- Última cotação do dólar.
Pedidos de seguro-desemprego
O número de solicitações do seguro-desemprego nos EUA foi de 2,98 milhões na semana encerrada em 8 de maio. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira. O pedido deste tipo de auxílio disparou nas últimas semanas, em razão do impacto do coronavírus (covid-19).
O total de pedidos de seguro-desemprego apresentou uma desaceleração em comparação com o número registrado nas semanas anteriores. No entanto, ficou levemente acima da expectativa dos analistas da Bloomberg, que apontavam para 2,5 milhões de pedidos.
Os pedidos feitos durante a crise do coronavírus já superaram todos os ganho de emprego desde a crise financeira de 2008.
Roberto Azevêdo deixa cargo
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, renunciou ao cargo de forma antecipada. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira.
A saída de Azevêdo, porém, acontecerá no dia 31 de agosto. Vale destacar que faltaria, em agosto, apenas um ano para o final do mandato do chefe da OMC. O anúncio sobre a saída de Azevêdo, aos membros nacionais, foi feito em uma reunião remota, segundo fontes próximas ao assunto.
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Azevêdo afirmou que a decisão sobre sua saída antecipada não foi feita de uma hora para a outra. “Com o confinamento e minha cirurgia recente no joelho, tive mais tempo para refletir. Cheguei a essa decisão após longas discussões com minha família – minha esposa aqui em Genebra, minhas filhas e minha mãe em Brasília. É uma decisão pessoal – uma decisão familiar – e estou convencido de que ela atende aos melhores interesses desta Organização”, afirmou o executivo
BCE rechaça críticas sobre juro negativo e defende medida
O Banco Central Europeu (BCE) defendeu, na última quarta-feira (13), por meio de um estudo, a implementação de taxa de juros negativas, colocadas em prática em 2014. Para a autoridade monetária europeia, a medida teve um efeito “amplamento neutro” para a lucratividade dos bancos, o contrário do que dizem os financistas das instituições financeiras.
De acordo com o BCE, “seis anos de taxas de juros negativas fizeram tanto para estimular a lucratividade nos bancos da zona do euro, quanto para sufocá-la”. Os grandes bancos alegam que suas lucratividades foram afetadas pela medida que, à princípio, foi implementada para evitar uma deflação na Europa.
Leia mais: BCE rechaça críticas sobre juro negativo e defende medida
Executivos das maiores instituições bancárias dizem que o setor pagou 25 bilhões de euros (R$ 160,10 bilhões) em taxas negativas para o BCE desde 2014, o que acabou por piorar seus lucros já defasados à época.
A medida, contrária à lógica financista até então, fez com que os bancos passassem a ter que pagar para manter seus recursos no BCE, em vez de usufruir dos juros sobre o principal. O intuito é fazer com que os bancos distribuam mais crédito, além de reduzir os custos aos tomadores dos empréstimos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou as negociações em nova máxima histórica de cotação com a terceira alta consecutiva de 0,605%, atingindo R$ 5,9012.
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