O dólar encerrou esta sexta-feira (24) em queda de 0,776 %, negociado a R$ 4,016. Os mercados repercutem a renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e a guerra comercial envolvendo os Estados Unidos e a China.
Nesta sessão, a moeda americana operou em forte oscilação. A máxima foi apontada na abertura, negociada a R$ 4,0451. A moeda voltou a subir por volta das 10h, mas se estabilizou ao longo da tarde. A mínima do dólar foi registrada às 15h10, vendido R$ 4,0106.
Confira o fechamento das principais moedas:
- Euro: baixa de 0,42 %, negociado a 0,389 %
- Libra esterlina: queda de 0,236 % negociada a R$ 5,109
O Banco Central (BC) vendeu nesta quarta-feira todos os 5,050 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares. Nas 17 operações em que realizou, o BC rolou US$ 4,293 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões que vencem em julho. O estoque de swaps do BC é de US$ 68,863 bilhões.
Renúncia de Theresa May
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira (24) que vai renunciar ao cargo. A premiê britânica deve deixar o comando do governo no dia 7 de junho.
O principal motivo que levou a primeira-ministra a abandonar o cargo foi a indefinição do Brexit, como é chamado a saída do Reino Unido da União Europeia. May já sofreu três derrotas no Parlamento para aprovar o acordo do Brexit.
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No discurso de renúncia, a primeira-ministra disse que lamentou fracassar na condução do Brexit. Por fim, ela pediu que o sucessor buscasse encontrar um consenso sobre a saída da União Européia.
“Está claro agora, para mim, que é do melhor interesse do país que um novo primeiro-ministro lidere o esforço [para o Brexit]. Assim, anuncio hoje que vou renunciar ao cargo de líder do Partido Conservador na sexta-feira, 7 de junho”, disse May.
Guerra comercial
Na última quarta-feira (23), o presidente Donald Trump afirmou que o acordo comercial entre Estados Unidos e China terá um “final rápido”. Apesar disso, não há nenhum encontro marcado entre o alto escalão do dois países para discutir um acordo.
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“Está acontecendo, está acontecendo rápido e eu acho que as coisas provavelmente irão acontecer rápido com a China porque eu não posso imaginar que eles estejam satisfeitos com milhares de companhias deixando seu país para outros lugares”, disse Trump durante discurso na Casa Branca.
Trump voltou a afirmar que irá encontrar com o líder chinês na próximo G20, marcado para julho no Japão. O presidente ressaltou que os Estados Unidos ajudou a “construir a China nos últimos 30 anos”. “A China não nos dava nada, agora nos dá milhões”, completou.
Reforma da Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista a revista “Veja” que renunciará ao cargo caso a reforma da Previdência vire uma “reforminha”. “Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar”
Paulo Guedes também alertou que o Brasil pode quebrar em 2020 caso a proposta do governo, com a economia estimada, não seja aprovada. “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, disse ainda.
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Mais tarde, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “ninguém é obrigado a ficar como ministro meu. Logicamente ele está vendo uma catástrofe, é verdade, eu concordo com ele (Guedes), se nós não aprovarmos algo realmente muito próximo ao que enviamos no Parlamento”
Bolsonaro também defendeu a reforma da Previdência e afirmou que o Brasil entraria em uma situação calamitosa sem a aprovação da proposta. “Obviamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele. Paulo Guedes não é nenhum vidente, nem precisa ser, para enxergar que o país mergulha no caos sem a aprovação dessa reforma”, declarou o presidente.
Última cotação do dólar
Na última sessão, que ocorreu na quinta-feira (22), o dólar teve alta de 0,178 %, negociado a R$ 4,0474.