O dólar encerrou nessa quarta-feira (2) em queda de 0,49%, negociado a R$ 5,3586 na venda.
O dólar hoje abriu em leve queda enquanto os investidores estavam de olho no desdobramento político interno.
Já no decorrer do dia os investidores ficaram atentos a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmando que a autarquia poderá intervir “pesadamente” no câmbio, caso julgue necessário.
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Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quarta-feira:
- Câmbio: Banco Central poderá intervir pesadamente, afirma Campos Neto
- BoE: Recuperação econômica lenta preocupa Banco Central da Inglaterra
- United Airlines estuda cortar mais de 16 mil empregos
- Última cotação do dólar
BC poderá intervir ‘pesadamente’ no câmbio
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária poderá intervir “pesadamente” no câmbio, caso julgue necessário. Por outro lado, segundo o executivo, o BC não trabalha com nível de preço para o câmbio. A fala foi dita nesta quarta-feira em um evento online realizado pela “Bloomberg”.
Campos Neto destacou que, em um certo momento, quando a moeda norte-americana estava chegando no patamar de R$ 6, o BC avaliou que o câmbio estava descolado. A autoridade monetária estava pronta para realizar uma intervenção mais acentuada e chegou a se preparar para isso, porém o dólar começou a se estabilizar novamente e voltou para um patamar próximo aos R$ 5. O presidente do BC reiterou que, caso estes problemas de “disfuncionalidade”, identificados no passado, aconteçam novamente, a autoridade monetária poderá agir “pesadamente”.
Em relação a volatilidade cambial, Campos Neto repetiu uma fala que já foi dita outras vezes de que o BC não possui instrumento válido para lutar contra isto. Além disso, o presidente do BC afirmou que a autarquia continua estudando os fatores que estão provocando a volatilidade do câmbio, falando sobre a realização de mais contratos pequenos e o uso do real como hedge.
Banco Central da Inglaterra e recuperação econômica do Reino Unido
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, demonstrou preocupação em relação a recuperação econômica do Reino Unido, que vem sendo afetada devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada nessa quarta-feira pelo banco durante uma audiência junto ao Comitê do Tesouro britânico.
O presidente do Banco da Inglaterra falou sobre os impactos do coronavírus para a economia britânica, ressaltando que existem certas dúvidas sobre como será o comportamento da população após o fim da pandemia.
Por sua vez, Gertjan Vlieghe, integrante do comitê de política monetária do BoE, afirmou que a prioridade do Banco Central de Londres é fazer com que a economia se recupere o mais rápido possível.
United Airlines avalia cortar empregos
A United Airlines Holdings (NASDAQ: UAL) informou, nesta quarta-feira, que avalia cortar o emprego de 16.370 funcionários. A ideia está em linha com o plano da empresa de reduzir pela metade sua força de trabalho doméstica por causa da queda na demanda, em decorrência da pandemia de coronavírus (Covid-19).
Entre os funcionários que estão recebendo o aviso de licença da United Airlines, estão: 6.920 comissários de bordo, 2.850 pilotos, 2.260 funcionários de operações do aeroporto e 2.060 trabalhadores de manutenção. Colaboradores de outros setores elevam o total de licenças para 16.370.
Em julho, a aérea norte-americana havia dito que os cortes poderiam chegar a 36 mil. Segundo a United Airlines, os empregados que forem demitidos poderão ser chamados de volta caso a demanda seja retomada. Nos últimos meses, milhares de colaboradores da United entraram nos planos de aposentadoria voluntária e de pacotes de licença prolongada.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (1), o dólar encerrou o primeiro dia do mês de setembro com queda de 1,75%, negociado a R$ 5,3845.