O dólar encerrou nesta segunda-feira (27) em queda de 0,074%, negociado a R$ 5,6639 na venda, com as previsões do PIB brasileiro no radar.
O dólar começou o dia em queda, após bater o recorde nominal três vezes consecutivas na semana passada.
Além disso, confira as notícias que movimentaram o mercado nessa segunda-feira:
- Boletim Focus prevê queda de 3,34% do PIB neste ano;
- Citi reduz projeção do PIB do Brasil e vê maior contração da história;
- General Motors suspende pagamento de dividendos e programa de recompra de ações;
- Última cotação.
Boletim Focus prevê queda de 3,34% do PIB neste ano
Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano pela 11ª semana consecutiva. Na divulgação desta segunda-feira, a estimativa é de recessão na economia brasileira com uma queda de 3,34%. Na semana passada a previsão era de -2,96%.
Na primeira divulgação de 2020, o Boletim Focus previa um crescimento de 2,30% na economia brasileira. Os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na economia, no entanto, serão maiores do que o esperado inicialmente. Para 2021, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 3,40%.
A previsão da taxa básica de juros da economia (Selic) para 2020 se manteve em 3,0% e a previsão da Selic para 2021 permaneceu em 4,50%.
A expectativa pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, de acordo com a divulgação do BC, foi cortada pela sétima semana consecutiva. Segundo os especialistas ouvidos pela autoridade monetária central do Brasil, a inflação de 2020 será de 2,0%. Na última semana, a estimativa era de 2,23%.
Saiba mais: Boletim Focus prevê queda de 3,34% do PIB neste ano
Confira as demais projeções para o ano de 2020:
- PIB: a estimativa é de uma retração da economia em 3,34%
- IPCA: a projeção caiu de 2,23% para 2,0%. A meta central para 2020 será de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
- Taxa Selic: a previsão permaneceu 3,00%.
- Dólar: os investidores permaneceram com a previsão de R$ 4,80.
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit subiu de US$ 36,10 bilhões para US$ 37,65 bilhões.
- Investimento Estrangeiro Direto: os economistas indicaram que será de US$ 72,00 bilhões.
- Déficit Primário do PIB: a previsão passou de -5,00% para -6,20%.
- Resultado Nominal do PIB: a expectativa do déficit piorou, passando de -10,0% para -11,10%.
Citi reduz projeção do PIB do Brasil
O Grupo Citi anunciou, nesta segunda-feira que reduziu as projeções para o PIB em 2020. Segundo a instituição financeira, a economia brasileira vai registrar a pior contração da história.
O Citi comunicou, por meio de nota a clientes, a resultado advém dos impactos da crise do novo coronavírus. De acordo com o banco, os efeitos da pandemia devem ser “maiores que o esperado”.
Leia mais: Citi reduz projeção do PIB do Brasil e vê maior contração da história
Para os economistas, a economia do País deve recuar 4,5% em 2020, enquanto a taxa de desemprego deve atingir um pico de 17% no terceiro trimestre deste ano.
O Citi também cortou a expectativa para a taxa de inflação, o que, segundo a instituição, ampara o cenário de maior flexibilização monetária no curto prazo.
General Motors suspende pagamento de dividendos
A General Motors (GM), informou nessa segunda-feira, através de um comunicado, que suspenderá o pagamento de dividendos e seu programa de recompra de ações. As medidas foram adotadas por causa dos impactos do novo coronavírus.
Os dividendos, assim como o programa de recompra, tem a finalidade de beneficiar aqueles que possuem ações da empresa. Além disso, a General Motors estendeu para três anos, até abril de 2022, uma linha de crédito de US$ 3,6 bilhões (cerca de R$ 20,4 bilhões).
Em relação ao cenário atual e aos planos aplicados, a diretora financeira da GM, Dhivya Suryadevara, salientou: “continuamos melhorando nossa liquidez para ajudar (a empresa) a enfrentar as incertezas criadas no mercado global por essa pandemia”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou em alta de 2,538%, cotado a R$ 5,6681.
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