O dólar encerrou nesta quinta-feira (4) em alta de 0,891%, negociado a R$ 5,1315 na venda, após o o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) sobre a expansão de seu programa de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros.
O dólar foi puxado pela desaceleração no total de pedidos de seguro-desemprego dos EUA, em comparação com o número registrado nas semanas anteriores.
Além disso, o BCE destacou que prevê que a Zona do Euro terá uma recessão econômica forte em 2020. A instituição estima uma queda de 8,7% na economia do bloco neste ano.
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Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- BCE prevê forte recessão na Zona do Euro e expande pacote de estímulos à economia;
- Seguro-desemprego: EUA registram 1,8 milhão de pedidos;
- China: Pequim distribuirá US$ 1,7 bi em vouchers para consumo da população;
- Última cotação do dólar.
Banco Central Europeu
O Banco Central Europeu (BCE) prevê que a Zona do Euro terá uma recessão econômica forte em 2020. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a instituição estima uma queda de 8,7% na economia do bloco neste ano. As informações são da agência “Reuters” e foram divulgadas nesta quinta-feira.
A instituição, entretanto, informou que em 2021 esse prejuízo começará a ser recuperado. Vale destacar que a principal causa desta recessão é a pandemia de coronavírus (Covid-19), que afetou profundamente a economia de diversos países.
Saiba mais: BCE prevê forte recessão na Zona do Euro em 2020; economia deve cair 8,7%
O BCE também informou que irá expandir seu programa de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros (cerca de R$ 7,68 trilhões) no combate à pandemia.
Em comunicado, o Banco informou que compraria 1,35 trilhão de euros em dívidas governamentais e corporativas até junho do ano que vem. Os pagamentos dos títulos vencidos serão reinvestidos até o final de 2022. Além disso, a principal taxa de juros da zona do euro foi inalterada, permanecendo em 0,5%.
Saiba mais: BCE expande pacote de estímulos à economia para 1,35 trilhão de euros
A decisão da instituição vai de encontro com os esforços do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, em sustentar a economia no momento de crise. A expansão do programa, segundo analistas, foi mais agressiva do que o esperado, o que deve absorver grande parte das dívidas que estão sendo levantadas por governos da zona do euro em meio à pandemia.
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA
O número de solicitações do seguro-desemprego nos EUA foi de 1,877 milhão na semana encerrada em 30 de maio. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira. O pedido deste tipo de auxílio disparou nas últimas semanas, em razão do impacto do coronavírus.
Saiba mais: EUA registram 1,8 milhão de pedidos de seguro-desemprego
O total de pedidos de seguro-desemprego dos EUA apresentou uma desaceleração em comparação com o número registrado nas semanas anteriores. A previsão dos analistas da Bloomberg apontava para 1,84 milhão de solicitações.
Na semana anterior, foram registrados 2,12 milhões de pedidos. Em 11 semanas, o total de pedidos de auxílio-desemprego foi de 42,12 milhões. O recorde foi atingindo na primeira semana de abril, com 6,6 milhões de requisições.
China
Pequim, a capital da China, assim como os governos de diversas regiões do país, irá emitir vouchers para estimular o consumo das famílias em meio à pandemia de Covid-19. Serão distribuídos US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 8,73 bilhões) em cupons de desconto.
Segundo informações da agência de notícias “Bloomberg”, os cupons liberados pelo governo da capital da China poderão ser utilizados em compras on-line ou em lojas físicas, uma tentativa de procurar movimentar setores como restaurantes, turismo, comércio, educação e esportes.
Saiba mais: China: Pequim distribuirá US$ 1,7 bi em vouchers para consumo da população
As vendas do varejo em Pequim caíram 20,4%, de janeiro a abril desde ano, sendo uma baixa superior à queda nacional de 16,2%. A medida, que entrará em vigor no próximo sábado (6), procura mitigar esse efeito da pandemia.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em queda de 2,384% cotado em R$ 5,0862.