O dólar encerrou nesta quinta-feira (16) em alta de 0,269 %, negociado a R$ 5,2565 na venda, com previsões de queda na demanda global por petróleo no radar dos investidores.
Além disso, confira as notícias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- Petróleo: Opep e AIE preveem queda na demanda da commodity
- Petrobras (PETR3;PETR4) informa que venda de ativos permanece “intacta” e colocará ‘várias unidades’ de refino para operar em carga mínima.
- BlackRock tem queda de quase US$ 1 trilhão nos ativos sob gestão
Queda na demanda por petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou nessa quinta-feira (16) através de um relatório mensal, que prevê uma queda na demanda global por petróleo de 6,8 milhões de barris por dia em 2020, por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Além disso, a Opep indicou que as medidas de isolamento social, assim como a redução de viagens, para impedir que o novo vírus se espalhe ainda mais, tem influência em 40% da produção mundial do produto.
“Até agora, essas restrições levaram o consumo de combustível à queda em meio à criação de estoque de produtos, danificando seriamente os mercados de combustível de aviação e levando as margens da gasolina a um território negativo”, informou no relatório.
Já de acordo com a Agência Internacional de Emergia (AIE), a demanda mundial de petróleo deverá desabar de 30% em abril.
A análise da AIE – cujo título é “Back from the brink” (de volta ao precipício, na tradução em português) foi publicada logo após o acordo histórico entre a Opep e os países aliados no formato OPEP+ e do G20, no último domingo (12).
De acordo com a agência, 187 países estão em regime de quarentena ou até “lockdown”, e por isso as perspectivas do setor petrolífero serão negativas. A estimativa é que, ao longo deste ano, a queda na demanda seja de 9,3 milhões de barris por dia, ou seja, 9% a 10% a menos em comparação a anos anteriores.
Petrobras: venda de ativos permanece “intacta”
O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou que o programa de desinvestimentos da estatal permanece “intacto”, mesmo em meio ao cenário de crise causado pela pandemia de coronavírus (Covid-19). A fala foi proferida durante um evento online promovido pela Fundação Getúlio Vargas na última quarta-feira (15).
A esperança da Petrobras é de que os compradores de seus ativos honrem os negócios que foram fechados antes do início dessa crise que assola diversos setores e empresas do Brasil e do mundo.
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A petroleira já possui oito transações assinadas, mas que necessitam detalhes para serem fechadas. No total, essas transações somam US$ 2,75 bilhões. Desse valor, a Petrobras tem em mãos US$ 159,5 milhões, recebidos como ‘sinal’. “Temos confiança, pelo que nos é dado pelos compradores, de que a liquidação financeira ocorrerá no momento que for marcado”, disse Castello Branco.
Além disso, a Petrobras irá diminuir a carga no refino em “várias unidades” para a mínima. A medida foi tomada em linha com a queda da demanda devido a pandemia do coronavírus.
Em comunicado, a petroleira comunicou que também está realizando paradas que podem acontecer por um longo período. “No refino, estamos iniciando agora uma fase de operação de várias unidades em carga mínima e algumas paradas por um período longo. Para definição das unidades que passarão por esses ajustes, foram levadas em consideração condições mercadológicas e operacionais. Essas medidas serão constantemente avaliadas a partir das mudanças no cenário”, informou a Petrobras.
BlackRock tem queda de quase US$ 1 trilhão nos ativos sob gestão
A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, apresentou, nesta quinta-feira (16), uma queda de quase US$ 1 trilhão (R$ 5,25 trilhões) nos ativos sob sua gestão. No fim dos três primeiros meses deste ano, a gestora possuía US$ 6,47 trilhões sob gestão, enquanto no mesmo período de 2019 detinha US$ 7,43 trilhões.
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Além disso, a gestora teve uma queda de 23% no lucro trimestral, com os investidores demonstrando sua preferência por serviços de gestão de caixa, ao passo que os custos aumentaram. O lucro líquido foi de US$ 806 milhões, ou US$ 5,15 por ação, frente a US$ 1,05 bilhão, ou US$ 6,61 por ação, em 2019.
As despesas operacionais do grupo subiram 43%, para US$ 3,03 bilhões. Segundo a BlackRock , o movimento dos investidores sacando seus recursos dos fundos em meio à crise da pandemia do novo coronavírus foi grande.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em leve alta de 0,998%, cotado a R$ 5,2424 na venda.