O dólar encerrou as negociações desta segunda-feira (16) em alta de 0,68%, frente ao real, valendo R$ 5,281 na venda.
O dólar hoje seguiu atento ao índice de atividade industrial Empire State. O indicador que analisa as condições da manufatura no Estado de Nova Iorque recuou do nível recorde de 43 em julho para 18,3 em agosto, de acordo com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Além disso, o resultado veio abaixo da previsão já pessimista de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam baixa do indicador a 29 neste mês.
Dados da economia chinesa vieram abaixo do esperado no fim da noite de ontem. As tensões geopolíticas com a tomada de poder pelo grupo extremista do Talibã no Afeganistão aumentaram e, além da preocupações com o aumento de casos da variante delta Covid-19, pesaram também nos mercados internacionais.
Movimentação do dólar
Pela manhã, o dólar abriu em leve alta, reagindo ao aumento da tensão entre poderes no País, riscos fiscais e inflacionários e ao cenário externo negativo.
Durante a sessão, a moeda norte-americana perdeu força e operou em leve queda. De acordo com o diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, a queda do dólar ante o real poderia estar atrelada a algum ingresso de investidor ou fundo estrangeiro “predador”, interessado em carry-trade com o real diante das perspectivas de alta da Selic dados os sinais de pressão forte da inflação.
Notícias que movimentaram o dólar
Veja algumas notícias que movimentaram o dólar durante a sessão de hoje:
- Expectativa de dólar para 2021 permanece em R$ 5,10, diz Boletim Focus
- Projeção de superávit comercial em 2021 sobe para US$ 69,70 bi no Focus do BC
- Balança tem superávit de US$ 1,974 bi na 2ª semana de agosto
Expectativa do dólar para 2021
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o dólar no fim de período seguiu em R$ 5,10, ante R$ 5,05 de um mês atrás.
Para 2022, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás. A projeção anual do dólar publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.
A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Projeção de superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, de superávit comercial de US$ 69,40 bilhões para US$ 69,70 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 70,00 bilhões.
Para 2022, a estimativa de superávit seguiu em US$ 62,80 bilhões. Há um mês, estava em US$ 60,20 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 seguiu em zero (US$ 0,00 bilhão), igual a um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo foi de US$ 14,00 bilhões para US$ 14,30 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 12,83 bilhões.
Balança comercial brasileira
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,974 bilhão na segunda semana de agosto (dias 9 a 15).
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,341 bilhões e importações de US$ 4,366 bilhões.
Em agosto, até o dia 15, a balança comercial acumula superávit em US$ 3,581 bilhões, com exportações em US$ 12,173 bilhões e importações de US$ 8,592 bilhões. No acumulado do ano, o saldo é superavitário em US$ 47,939 bilhões.
As exportações registraram aumento de 46,9% na média diária de agosto ante o mesmo período do ano passado, com crescimento de 36,5% na Agropecuária, avanço de 108,9% na Indústria Extrativa e alta de 23,7% nas vendas de produtos da Indústria de Transformação.
Cotação anterior do dólar
Na última sessão, sexta-feira (13), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,215%, negociado a R$ 5,2451.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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