O dólar encerrou nesta quarta-feira (27) em alta de 1,506%, negociado a R$ 5,4071 após ter fechado a última terça-feira (26) em forte queda de 3,304%
O dólar já operava em alta nesta manhã à espera do primeiro encontro do banco central dos Estados Unidos e com o mercado atento a vacinação no Brasil. Por volta das 10h30, o dólar tinha alta de 0,30%, negociado a R$ 5,3703.
Os investidores acompanham o primeiro encontro do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos, FED) em 2021.
Além disso, confira as principais notícias que movimentaram o mercado hoje:
- Déficit em conta corrente atinge US$ 12,5 bi em 2020, diz Banco Central
- Ata do Copom leva bancos a anteciparem início de alta da Selic
- AstraZeneca e Blackrock negam, mas empresas reafirmam negociar vacina
Déficit em conta corrente
De acordo com o Banco Central (BC), o Brasil teve um déficit em transações correntes de US$ 12,517 bilhões em 2020. Segundo informações divulgadas na manhã desta quarta-feira (27), o resultado é o melhor para um ano desde 2007, mesmo meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Com os efeitos da crise, o País viu as importações de produtos recuarem, ao passo que as exportações se mantiveram em níveis altos, estimulados pela venda de alimentos para o exterior. A estimativa da autoridade monetária era de que o déficit em transações correntes — que traduz as relações comerciais (exportações e importações), de serviços e de rendas com outros países — atingisse US$ 7 bilhões no ano passado.
Copom
Divulgado nesta terça-feira, 23, o teor da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central levou alguns bancos a reverem suas projeções e apostar em alta da Selic (a taxa básica de juros) já na próxima reunião do colegiado, marcada para 16 e 17 de março.
Segundo a ata, parte dos integrantes do Copom já considerava a necessidade de mexer na Selic por fatores como as recentes altas da inflação. Sem consenso, porém, a decisão foi esperar a divulgação de novos indicadores. O BC, todavia, tirou do comunicado a expressão “forward guidance” (prescrição futura, no jargão em inglês), que funcionava como uma “barreira técnica” para a alta de juros.
AstraZeneca e Blackrock
Apesar de o laboratório AstraZeneca e o fundo de investimento Blackrock terem declarado nesta terça-feira (26), que não têm vacinas contra a covid-19 para fornecer à iniciativa privada, um grupo de empresários brasileiros reafirmou que continua a negociar 33 milhões de doses do laboratório, que distribui o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford.
O movimento foi iniciado pelo grupo Coalizão Indústria na semana passada. Cerca de 60 empresas teriam aderido à aquisição conjunta, embora grandes empresas, como Vale, Itaú e Vivo, tenham preferido não participar.
O movimento de compra das vacinas tem como um dos coordenadores o advogado Fábio Spina, diretor jurídico da Gerdau, que tem trabalhado nas negociações dos imunizantes como voluntário. Spina confirmou que as conversas continuam. “A intenção (da coalizão) é gerar volumes adicionais de vacinas que, de outra forma, não estariam disponíveis para o Brasil”, disse. “As empresas estão preocupadas com a questão humanitária e com o pleno retorno da atividade econômica.”
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (26), o dólar encerrou o pregão em queda de 3,304%, cotado em R$ 5,3269.