Dólar encerra em alta com piora em turbulência externa
O dólar encerrou nesta sexta-feira (16) em alta de 0,336% com sua venda a R$ 4,0029. No acumulado da semana, a moeda registrou um aumento de 1,54%.
O dólar subiu devido a vários fatores. Entre eles, o apoio do presidente Jair Bolsonaro ao ministro da Economia Paulo Guedes em relação à sua opinião sobre uma possível saída do Mercosul.
Além disso, contribuíram para a alta: a declaração do presidente da Caixa Econômica Federal sobre uma redução de juros para o crédito imobiliário e o saque de argentinos no valor de US$ 700 milhões em dois dias.
Bolsonaro apoia Guedes sobre Mercosul
O presidente Jair Bolsonaro confirmou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que se o candidato de centro-esquerda, Alberto Fernández, vencer a eleição presidencial da Argentina, o Brasil deixará o Mercosul.
“O atual candidato que está na frente na Argentina, que tem na vice a Cristina Kirchner, já esteve visitando o Lula, já falou que é uma injustiça o Lula estar preso, já falou que quer rever o Mercosul. Então o Paulo Guedes, perfeitamente afinado comigo, por telepatia, já falou: ‘se criar problema, o Brasil sai do Mercosul”, disse o presidente Bolsonaro em entrevista aos jornalistas no Palácio da Alvorada.
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No entanto, o presidente se diz aberto ao diálogo desde que a iniciativa seja de Fernández.
“Eu converso até com a Folha de S.Paulo, quem dirá com o futuro presidente da Argentina”. Entretanto, “ele é que vai ter que dar o sinal. Quando eu tomei posse eu falei que ia manter a democracia, a liberdade, abrir o mercado, respeitar as religiões, e é isso que eu estou fazendo”, completou Bolsonaro.
Presidente da Caixa anuncia redução de juros
Segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (CMN) já consentiram com a possibilidade de juros menores para o crédito imobiliário.
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O presidente do banco afirmou na última quinta-feira (15) que o banco estatal está perto de anunciar oficialmente o lançamento de novas linhas de crédito imobiliário através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Argentinos sacam mais de US$ 700 milhões
Segundo dados oficiais, os argentinos sacaram mais de US$ 700 milhões de suas contas nos bancos da Argentina durante segunda-feira (12) e terça (13).
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O alto número aconteceu após o impacto negativo que a economia da Argentina sofreu por conta do surpreendente resultado nas prévias eleitorais para a eleição a presidência. O valor é equivalente a 2,3% do total de depósitos em dólar, segundo a agência Bloomberg.
A corrida de saques da população do país contribuiu para a queda de US$ 2,6 bilhões nas reservas internacionais nesta semana para US$ 63,7 bilhões. Os dólares em questão são tidos como parte das reservas do Banco Central argentino.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em queda de -1,242% cotado em R$ 4,015.