Dólar encerra em alta de 0,69%, cotado em R$ 4,47

O dólar encerrou nesta quinta-feira (27) em alta de 0,698%, negociado a R$ 4,4751 na venda. A moeda norte-americana renovou seu recorde nominal e chegou a bater R$ 4,50, às 11h40, pela primeira vez na história.

As tensões envolvendo o avanço do coronavírus (Covid-19) continuam afetando negativamente o mercado brasileiro e impulsionando a alta do dólar. Além disso, as seguintes notícias estão no radar dos investidores nesta quinta:

  • PIB dos Estados Unidos registra o menor avanço em 3 anos;
  • Risco-país alcança maior patamar desde outubro.

Coronavírus

O Ministério da Saúde informou nesta tarde que o Brasil tem 132 casos suspeitos de coronavírus. Na última quarta-feira (26), o primeiro caso no País foi confirmado.

Saiba mais: Coronavírus: Número de mortos na Itália sobre para 14

Até o momento, 42 países já relataram infecções pelo vírus. Na Itália, o governo informou que 528 casos estão confirmados. O número de mortos no país subiu para 14. Além disso, a Grécia já confirmou três casos no país. Na Noruega, o governo relatou o primeiro caso na última quarta.

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Com este cenário, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula o mercado alimentício dos Estados Unidos, o coronavírus poderá se tornar uma pandemia.

PIB dos Estados Unidos

No acumulado do ano de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,3%. Esse foi o menor avanço em três anos. Em 2018, a economia do país norte-americano cresceu 2,9%. É importante destacar também que o PIB ficou abaixo da meta estabelecida por Donald Trump de 3%.

Saiba mais: PIB dos Estados Unidos registra o menor avanço em 3 anos

Em relação ao quarto trimestre, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,1%. Os dados foram divulgados pelo escritório de estatísticas econômicas do país norte-americano (BEA).

O resultado acima mostra que os Estados Unidos permaneceram com o ritmo de crescimento do terceiro trimestre, de acordo com o que já era estimado pelo mercado.

Risco-país brasileiro

O risco-país brasileiro atingiu o maior patamar em quatro meses. Segundo dados da Markit, o spread dos contratos de Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do país subiu de 111 a 131 pontos.

Saiba mais: Risco-país alcança maior patamar desde outubro

Este é o maior nível do CDS, um seguro contra calotes, desde outubro de 2019, quando o indicador chegou a 132 pontos.

O spread do CDS brasileiro registrou uma alta acumulada de 40%, desde a última sexta-feira (21). O ganho pode ser comparado com países de situação semelhantes na América Latina como México (41,5%) e Colômbia (43,4%). Em comparação, Rússia (23,6%), África do Sul (17,6%) e Turquia (15,8%) registraram variações menores.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (26), o dólar encerrou o pregão em alta de 1,159%, cotado em R$ 4,4441.

Giovanna Oliveira

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