O dólar encerrou nesta quarta-feira (29) em alta de 0,29%, negociado a R$ 5,172 na venda, movido pela reação do mercado à fala do Fed sobre as taxas de juros nos EUA e a previsão para a recuperação econômica.
O dólar hoje operava negativamente pela manhã, sendo negociado a R$ 5,1347 na venda. O mercado está atento a possibilidade de lockdown na Europa e a suspensão de pagamentos de dividendos dos bancos da zona do euro.
O movimento de alta na moeda norte-americana também foi causado pelo anuncio do Fed, que informou que implementará mais medidas de estímulo econômico nos EUA, com o objetivo de combater os efeitos do coronavírus (covid-19).
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa quarta-feira:
- Fed decide manter a taxa de juros entre 0% e 0,25%;
- Oxford Economics prevê baixo rendimento nos Treasuries por muito tempo;
- Dívida Pública Federal subiu 3,27% em junho, somando R$ 4,390 tri;
Fed decide manter a taxa de juros entre 0% e 0,25%
O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25%. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (29) após a reunião do Comitê federal de mercado aberto (FOMC, na sigla em inglês).
A autoridade monetária central norte-americana tinha reduzido a taxa de juros para esse patamar no dia 15 de março, de forma emergencial. No mesmo dia o Fed tinha anunciado um pacote de estímulos (Quantitative Easing (QE)) à economia por conta do avanço do coronavírus (Covid-19) por um valor de US$ 700 bilhões (cerca de R$ 4 trilhões) para sustentar a atividade econômica dos EUA.
Saiba mais: Fed decide manter a taxa de juros entre 0% e 0,25%
Os diretores do Federal Reserve decidiram, de forma unânime, deixar a taxa básica de juros inalterada perto de zero e novamente prometeram que usarão todas as suas ferramentas disponíveis para apoiar a economia dos EUA em meio a uma recuperação instável da pandemia do coronavírus.
Previsão da Oxford Economics movimentou o dólar hoje
A consultoria britânica Oxford Economics indicou nesta quarta-feira (29) que prevê que os rendimentos dos títulos de dívida do governo norte-americano continuem baixos por muito tempo. Segundo a instituição, os impactos do coronavírus (covid-19) na economia causam essa situação.
Saiba mais: Oxford Economics prevê baixo rendimento nos Treasuries por muito tempo
Em comunicado, a Oxford Economics entende que “as consequências da pandemia reforçarão a tendência de baixa nas taxas de longo prazo nos Estados Unidos”. Dessa forma, o controle da curva de juros, técnica usada pelo Banco Central dos EUApara fornecer os estímulos econômicos, pode deixar de ser necessária.
Dívida Pública Federal subiu 3,27% em junho, somando R$ 4,390 tri
O Tesouro Nacional informou nessa quarta-feira (29) que a Dívida Pública Federal(DPF) brasileira ficou em R$ 4,390 trilhões em junho desse ano, o que representa um aumento de 3,27% ante maio.
Saiba mais: Dívida Pública Federal subiu 3,27% em junho, somando R$ 4,390 tri
Entretanto, a oscilação fugiu da meta do Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê uma variação entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões para o fim do ano. No mês passado as emissões da dívida pública federal foram de R$ 118,78 bilhões e os resgates de R$ 4,03 bilhões.
Por sua vez, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) cresceu 2,93% no mês passado, alcançando R$ 4,151 trilhões. Já a dívida federal externa cresceu 9,65% na comparação mensal, somando R$ 239,03 bilhões.
Última cotação do dólar
Na sessão de terça-feira (28), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,016%, negociado a R$ 5,1575 na venda.