O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (9) atento a interrupção dos estudos de uma possível vacina contra o novo coronavírus (covid-19).
Além disso, o mercado acompanha os dados oficiais da inflação (IPCA) que apresentaram o maior índice para o mês de agosto, em quatro anos. Dessa forma, com esses assuntos no radar, o dólar operava, por volta das 9h30, em queda de 0,656%, negociado a R$ 5,32. Os índices internacionais operam em campo distinto com a vacina de Oxford no radar.
Estudo da vacina é interrompido
A farmacêutica AstraZeneca informou que os estudos da fase 3 da vacina desenvolvida junto à Universidade de Oxford contra a covid-19 foram interrompidos por conta de uma suspeita de reação adversa séria em um participante dos testes conduzidos no Reino Unido. As informações foram publicadas originalmente nesta terça-feira (8) pelo site de notícias de saúde “Stat News”.
De acordo com a publicação, um porta-voz da AstraZeneca, uma das empresas mais avançadas na corrida pela vacina contra o novo coronavírus, afirmou em comunicado que o “processo de revisão [da companhia] acionou uma pausa na vacinação para permitir a análise dos dados com segurança.
Segundo o site, não estava claro quem suspendeu os testes, no entanto é possível que a testagem tenha sido interrompida voluntariamente pela farmacêutica e não por determinação de um órgão regulador. Ainda conforme a publicação, a natureza da reação adversa e quando ocorreu também não foi revelado, mas a expectativa é de que o participante se recupere, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
O porta-voz descreveu a paralisação como “uma ação de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada em um dos testes, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos testes”. A empresa está “trabalhando para agilizar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste”, acrescentou.
IPCA é o maior para o mês de agosto em 4 anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto subiu 0,24%, 0,12 ponto percentual (p.p) abaixo da taxa registrada em julho (0,36). Esse é o maior resultado para um mês de agosto desde 2016, quando o IPCA foi de 0,44%
No ano, o indicador acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%, acima dos 2,31% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2019, a variação havia sido de 0,11%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em agosto. A maior variação veio dos Transportes (0,82%), que apresentaram também o maior impacto positivo no índice do mês (0,16 p.p.). A segunda maior contribuição (0,15 p.p.) veio de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 0,78%.
Os grupos Habitação (0,36%) e Artigos de residência (0,56%) também tiveram alta, mas desaceleraram na comparação com o mês anterior (0,80% e 0,90%, respectivamente).
No lado das quedas, o destaque ficou com o grupo Educação (-3,47%), que contribuiu com -0,22 p.p. no IPCA de agosto. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,78% em Vestuário e a alta de 0,67% em Comunicação.
Mercado Internacional
O mercado internacional opera em campo distinto. Por volta das 7h40, os índices registravam as seguintes variações
- Nova York (S&P 500): + 0,71%
- Nova York (Dow Jones):+0,45%
- Nova York (Nasdaq): +1,75%
- Frankfurt (DAX 30): +0,99%
- Paris (CAC 40): +0,74%
- Xangai (SSEC): -1,86%
- Hong Kong (Hang Seng): -0,63%
- Tóquio (Nikkei 225): -1,04%
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (08), o dólar encerrou em alta de 1,095, cotado em R$ 5,3662.