O dólar encerrou, nesta sexta-feira (8), em alta de 1,83%, vendido a R$ 4,1684. A variação positiva da moeda norte-americana foi impulsionada pela soltura do ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
A cotação registrada no fechamento do mercado foi a máxima do dólar ao longo do dia. A mínima foi de R$ 4,1133, por volta das 9h20.
No cenário externo, o presidente norte-americano, Donald Trump, negou ter concordado em retirar tarifas sobre produtos chineses, em um novo desdobramento da guerra comercial.
Além disso, a declaração do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre o lento crescimento da economia brasileira também movimentou o mercado.
Lula é solto após decisão do STF
O juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, aceitou o pedido da defesa do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e o autorizou a deixar a prisão.
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Os advogados do ex-presidente pediram sua soltura após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a prisão após condenação em segunda instância.
Após ter sido condenado em duas instâncias no caso do triplex no Guarujá, Lula ficou preso durante 1 ano e 7 meses na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba. Agora, o ex-presidente terá o direito de recorrer em liberdade e só voltará a cumprir a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias após o trânsito em julgado.
Tarifas comerciais entre Estados Unidos e China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não concordou em retirar tarifas comerciais sobre produtos chineses.
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A medida seria uma forma de assegurar a assinatura da primeira fase do acordo comercial. De acordo com Trump, o acordo entre os dois países pode ocorrer, no entanto, a China deseja isso mais do que os Estados Unidos.
Por meio do acordo, os EUA deveriam retirar as tarifas que devem entrar em vigor em 15 de dezembro em cerca de US$ 156 bilhões em importações chinesas.
Campos Neto comenta crescimento do PIB
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falou sobre o aumento da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e afirmou que a economia brasileira deverá crescer em ritmo mais lento, mas de maneira sadia.
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“O Brasil teve anos de crescimento que pareciam bons, mas, se comparado com o resto do mundo, eram ruins. Nós estamos tentando reinventar isso, para deixar mais sustentável”, disse Campos Neto.
De acordo com o presidente do BC, o histórico de investimento público na economia fez com que o crescimento do PIB não fosse algo sustentável.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (7), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,287%, cotado a R$ 4,0935.