Ícone do site Suno Notícias

Dólar dispara após demissão de Moro e chega a R$ 5,67

Por volta das 9h30, nesta segunda-feira (21), o dólar operava em alta de 1,575%, sendo negociado a R$ 5,4604.

Por volta das 9h30, nesta segunda-feira (21), o dólar operava em alta de 1,575%, sendo negociado a R$ 5,4604.

O dólar dispara nesta quinta-feira (24) após o pedido de demissão do Ministro da Justiça, Sérgio Moro. O ex-juiz da Lava-Jato comunicou sua decisão em coletiva na manhã de hoje, após acusar o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal.

Por volta das 11h30, o dólar disparava a 2,614%, sendo negociado a R$ 5,67. A moeda norte-americana já abriu o mercado em alta, acompanhando o desdobramento da tensão política. Às 9h15, a variação era de 0,85%, sendo negociado a R$ 5,5760.

Garanta acesso gratuito à eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas com um único cadastro. Clique para saber mais.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo na manhã desta sexta-feira. Sua saída acontece após o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, um de seus aliados na pasta, ser exonerado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Na última quinta-feira (23), Moro afirmou que pediria demissão, caso o delegado fosse exonerado, o que foi confirmado no Diário Oficial da União desta sexta.

No início de sua coletiva, Moro reforçou que não gostaria de estar realizando este discurso. “Queria lamentar este evento na data de hoje, estamos passando por uma pandemia, onde devemos evitar aglomerações. Mas não foi por minha opção”, afirmou o até então ministro da Justiça.

“A partir do segundo semestre do ano passado começou a ter uma insistência, por parte do presidente Bolsonaro, na troca do comando da Polícia Federal. Houve um desejo de trocar um superintende do RJ. Sinceramente, não havia motivo para essa substituição; conversando com ele, ele queria sair do cargo, por questões pessoais; conversei com o diretor da PF e fizemos uma substituição técnica”, disse.

O ministro bateu algumas vezes na tecla da mudança na diretoria da PF, estopim para sua saída. Na visão de Moro, a autonomia da corporação poderia ser enfraquecida e isso poderia comprometer a condução de algumas investigações.

Moro pediu para Bolsonaro ter uma causa para a troca na direção geral da PF, e solicitou que, caso houvesse uma mudança, fosse colocado alguém com o perfil do Valeixo, com uma sugestão da própria PF. Entretanto, Moro não teve um retorno do mandatário.

Demissão de Valeixo

O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo. A informação foi publicada na manhã desta sexta-feira (24) no Diário Oficial da União. Segundo o decreto assinado pelo mandatário e pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro, a exoneração ocorreu “a pedido”.

No entanto, Moro foi pego de surpresa, conforme noticiado pela jornalista Camila Bomfim, e a exoneração não aconteceu “a pedido” como diz o Diário Oficial.

Saiba Mais: Jair Bolsonaro demite Mauricío Valeixo, diretor-geral da PF

É importante destacar que Valeixo era visto como o braço direto de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Os dois trabalharam juntos durante a operação Lava Jato, no Paraná.

Ainda não foi anunciado um novo nome para substituir o cargo deixado pelo diretor-geral da PF.

Entre os nomes cotados para assumir a função estão Anderson Gustavo Torres, secretário de segurança pública do DF, Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Fabio Bordignon, diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em alta de 2,189%, negociado a R$ 5,5278.

Sair da versão mobile