O dólar dispara na manhã desta sexta-feira (11) com o mercado atento à pressão inflacionária na maior economia do mundo, os Estados Unidos, e o volume de serviços no Brasil que permanece abaixo do nível pré-pandemia.
Por volta das 11h30, o dólar tinha forte alta de 1,30%, negociado a R$ 5,11. A inflação norte-americana acumulou alta de 5% no período de 12 meses, sendo a maior em 13 anos.
Na última quinta-feira (10), o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos atingiu 0,6% em maio em comparação a abril, segundo informações do Departamento do Trabalho. A inflação acumula 5% na base anual, a maior desde 2008, quando o país passava pela crise do subprime.
É válido lembrar que a inflação norte-americana impacta diretamente os títulos dos EUA (Treasuries) que, por sua vez, influencia na volatilidade do dólar.
Após os dados inflacionários, os investidores acompanham o posicionamento do Banco Central mediante a esta alta.
“Apesar dos indicadores de inflação virem acima do esperado nos EUA, o Banco Central americano (Fed) segue afirmando que as pressões inflacionárias são temporárias e que não deve mudar sua condição de política monetária por enquanto”, disse a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli.
Serviços têm alta em abril, mas taxa permanece abaixo do nível pré-pandemia
Somado à alta inflação dos EUA, os investidores brasileiros também acompanham os indicadores nacionais. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em abril na comparação com março, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com esse resultado, o setor recuperou parte da queda registrada em março (-3,1% dado revisado), mas ainda está 1,5% abaixo do patamar de fevereiro do ano passado, período pré-pandemia.
No acumulado do ano, o setor cresceu 3,7%, mas, no período de 12 meses até abril, ainda acumula perda de 5,4%.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em leve queda de 0,07%, negociado a R$ 5,06.