O dólar permanece em queda na tarde desta terça-feira (8) com a cotação perto de R$ 5,00. Há cerca de um ano, a moeda estava negociada abaixo desse patamar, a R$ 4,88, porém, o câmbio já esteve em níveis piores nos últimos meses.
Há exatamente um mês atrás, especialistas duvidavam de que o dólar chegaria a R$ 5,00, com a moeda negociada na casa dos R$ 5,30 a R$ 5,40, devido à instabilidade política.
Dessa forma, os viajantes internacionais colocaram seus sonhos no bolso, mas hoje, após o câmbio encerrar o mês de maio com queda de 3,81% e as negociações beirarem aos R$ 5,00 a expectativa é que essa queda, talvez, perdure por mais tempo e o sonho de viajar à Disney e outros lugares se realize.
Nesta terça, por volta das 15h30, o dólar tinha queda de 0,24%, negociado a R$ 5,03. Os movimentos da moeda hoje são explicados pela espera dos dados inflacionários da economia norte-americana e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro.
De acordo com a economista do banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, os investidores estão na expectativa de dados sobre os preços aos consumidores dos EUA que serão divulgados na quinta-feira (10). “Os indicadores de inflação estão em destaque nesta semana. Os mercados internacionais temem que os riscos inflacionários possam levar a uma retirada prematura de estímulos monetários em várias partes do mundo.”
No entanto, do outro lado da moeda está o resultado positivo do PIB da zona do euro. A economia do bloco contraiu bem menos do que o esperado no primeiro trimestre do ano. A Eurostat informou que o PIB dos 19 países contraiu 0,3% em comparação com o trimestre anterior e 1,3% na comparação com o mesmo período no ano passada.
“Por outro lado, o resultado do PIB do primeiro trimestre da zona do euro veio melhor do que o esperado trazendo algum alívio.”
CPI da Covid e prorrogação do auxílio
Já no cenário interno, segue no radar do investidor brasileiro a CPI da Covid. O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta terça que a cloroquina não tem eficácia comprovada cientificamente no combate ao coronavírus. Antes, o ministro havia evitado se posicionar sobre a cloroquina — remédio defendido e promovido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, está no radar a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o governo renovará auxílio emergencial por “dois ou três meses”.
“As discussões da CPI da Covid e a notícia de que o governo federal poderá prorrogar o auxílio emergencial podem ser um risco para o comportamento da nossa moeda”, analisou a economista.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (7), o dólar encerrou o pregão em leve alta de 0,03%, aos R$ 5,03.