Dólar desce com a alta de commodities e Treasury passa a subir

O dólar permanece instável nesta manhã de quarta-feira (24) flutuando dentro de margens estreitas. Após uma pequena alta momentânea no mercado à vista, a cotação da moeda americana retomou sua tendência de queda.

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Os contratos futuros de juros também estão em declínio, influenciados pela variação do dólar. A valorização do petróleo e do minério de ferro está contribuindo para a leve recuperação do real e de outras moedas em relação ao dólar, incluindo o peso mexicano e o peso chileno.

Essas mudanças, no entanto, são bastante sutis, pois os investidores estão atentos a uma pequena correção ascendente nos rendimentos dos Treasuries, que caíram durante a madrugada. Eles também estão monitorando o índice DXY, que compara o dólar com outras moedas concorrentes e algumas emergentes ligadas a commodities.

Os investidores estão reagindo aos dados dos PMIs europeus e estão aguardando os números dos EUA, que serão divulgados às 10h45.

Além disso, estão de olho na arrecadação federal de setembro no Brasil, que será anunciada às 10h30, no leilão do Tesouro Nacional de NTN-B e LFT às 11h00, e estão atentos aos desenvolvimentos dos conflitos no Oriente Médio.

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Agenda Brasil e reflexos do dólar

As atenções locais se voltam também para o Congresso. Há expectativa de votação na Câmara do projeto de lei de taxação dos fundos de alta renda (exclusivos e offshore), enquanto o Senado deve aprovar a extensão do benefício da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores até 2027.

Nesta segunda, 23, as taxas fecharam com viés de alta após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falar sobre a área fiscal e condições de liquidez no exterior, que tornam mais difícil a “lição de casa” de países emergentes. Já o dólar recuou junto com o exterior.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda que o presidente Lula anunciará esta semana os indicadores para a diretoria do Banco Central. Os mandatos dos diretores de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Fernanda Guardado, e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Maurício Moura, terminam este ano.

Como vem mostrando o Estadão/Broadcast, parte do mercado se preocupa com os nomes que vão substituí-los, já que ambos fizeram parte da ala vista como mais “ortodoxa” no Copom, que votou por um corte de 25 pontos-base da Selic em agosto.

O bitcoin saltou mais de 10% mais cedo e chegou a tocar marca de US$ 35 mil na máxima intraday, em meio a expectativa por aprovação de fundos ETFs da criptomoeda. Em relatório, o Julius Baer critica a movimentação por especulações em torno dos ETFs, mas “reconhece a resistência do rali e a melhora no sentimento de mercado” de cripto, sob expectativa também que os juros do Federal Reserve (Fed). “Dito isso, os ventos contrários macroeconômicos para o bitcoin devem diminuir em vez de se intensificar”, projeta o banco.

No mercado de câmbio, às 9h19 desta terça, a cotação do dólar à vista recuava 0,10%, a R$ 5,0128. O dólar para novembro perdia 0,07%, a R$ 5,017.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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