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Dólar dispara 1,3% com crise pandêmica e possível saída de Pazuello

Dólar sobe a R$ 5,17, em meio a queda no exterior, deflação do IPCA e ata do Copom

Dólar sobe a R$ 5,17, em meio a queda no exterior, deflação do IPCA e ata do Copom. Foto: Pixabay

Com novo recorde de mortes e colapso dos sistemas de saúde no País, os investidores locais monitoram as pressões para saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, enquanto aguardam as novas decisões de juros do Banco Central. Diante deste cenário o dólar dispara e é negociado acima dos R$ 5,60.

Por volta das 15h40, nesta segunda-feira (15), o dólar avançava 1,30%, negociado a R$ 5,62. Na máxima do dia, às 13h, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,65. Na semana passada, o mercado apresentou alívio e acumulou queda de 2,18%.

Porém, no início desta a semana moeda apresenta alta devido às incertezas políticas diante de uma crise sanitária com recordes diários de óbitos por covid-19 e a vacinação lenta e escassa em algumas regiões do País.

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No domingo (14), o Brasil registrou 1.111 mortes pelo novo coronavírus e totalizou 278.327 óbitos. Com isso, a média móvel de mortes no País nos últimos 7 dias chegou a 1.832, novamente um recorde.

Além disso, durante o final de semana a cidade do Rio de Janeiro teve de suspender a campanha de vacinação por falta de imunizante, e a cidade de Olinda (PE) suspendeu hoje o agendamento de imunização por não ter, no momento, doses da vacina.

Atualmente, segundo o site G1, cerca de 9,7 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina. O número representa 4,59% da população brasileira. Já a segunda dose foi aplicada em apenas 3,5 milhões, equivalente a 1,69% da população.

Além disso, as UTIs de diversas regiões do Brasil atingiram a capacidade máxima de pacientes. Diante dessa situação pandêmica, o mercado acompanha ainda a possível saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O jornal O Globo publicou ontem que Pazuello tinha pedido para deixar a pasta em função de problemas de saúde. Para o jornal, o general estava pressionado por conta de sua condução do combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Entretanto, em nota oficial, Ministério da Saúde informou que o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, “com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”.

Mercados globais operam com cautela

Já no cenário externo, o foco dos investidores está voltado para as decisões do bancos centrais da Europa, Japão e principalmente Estados Unidos e Brasil.

O Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) se encontra entre terça-feira (16) e quarta-feira (17). Após as reuniões, o banco divulgará sua decisão a respeito das taxas de juros e a perspectiva para o futuro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve se reunir entre os dias 16 e 17 desta semana. Os especialistas apostam em uma alta de 0,5%, ou seja de 2% ao ano para 2,5%.

“Os mercados globais operam com certa cautela, essa semana é uma semana pesada com várias informações importantes sendo divulgadas, e decisões de bancos centrais da Europa, Estados Unidos, Japão e no Brasil, portanto, a semana deve ser de volatilidade com cautela”, analisou o economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani.

Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior e do Ibovespa agora:

Última cotação do dólar

No último pregão, sexta-feira (12), o dólar encerrou em alta de 0,31%, negociado a R$ 5,560.

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