O dólar opera em queda nesta quarta-feira (28) com Banco Central, reforma da Previdência e cenário exterior no radar.
Por volta das 9h30, o dólar registrava queda de -0,161% sendo negociado a R$ 4,1514. O mercado segue atento ao desenvolvimento da guerra comercial, após o sinal de que um acordo entre as duas potencias é possível.
Além disso, segue no radar dos investidores, o desdobramento das vendas de dólares da reservas do Banco Central para conter a cotação da moeda.
Banco Central oferta dólares
Na última terça-feira (27), o Banco Central ofertou dólares à vista, em resposta à disparada da moeda norte-americana aproximada a níveis recordes.
A cotação mínima aceita pelo Banco foi de R$4,125, valor abaixo dos R$ 4,19 da máxima intradiária. O dólar chegou a cair para R$4,1235, cerca de -0,45% após o anúncio do BC.
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O Banco, que disponibilizou o lote mínimo de US$1 milhão, não comunicou o montante total do negócio, que deve ser divulgado juntamente com dados do fluxo cambial na quarta-feira da próxima semana.
De acordo com especialistas, a venda realizada pelo BC pode impor um “teto” no preço do dólar, consequente da imprevisibilidade gerada pela venda.
Reforma da previdência
O relatório da reforma da Previdência foi entregue na última terça para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), também recebeu o parecer das mãos do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O senador Jereissati afirmou que propôs a retirada de partes do parecer da reforma da Previdência que foi aprovado na Câmara. Uma das mais importantes é a inclusão de estados e municípios na reforma. Caso seja aprova a PEC paralela, especialistas estimam uma economia de R$ 1,350 trilhão. O relatório aprovado na Câmara dos Deputados previa R$ 930 bilhões.
Guerra comercial
O mercado está atento ao desdobramento da disputa comercial que poderá chegar em acordo, segundo as falas do presidente norte-americano, Donald Trump, na última segunda-feira (26).
Em mais um capítulo da guerra comercial, o presidente americano afirmou que a China tem a intenção de retomar e concluir o acordo comercial.
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“A China ligou ontem à noite para o nosso principal representante e disse: ‘voltemos à mesa’, então voltaremos à mesa. Acho que eles querem fazer alguma coisa. Acho que vamos ter um acordo”, disse o presidente americano Donald Trump.
Além disso, o principal negociador chinês, Liu He, afirmou estar disposto a “resolver o problema com calma por meio de consultas e cooperação”.
Última cotação
Na última sessão, na terça-feira, o dólar encerrou em alta de 0,447%, negociado a R$ 4,1581.