Dólar em queda com taxa de juros imobiliários, guerra comercial e Argentina
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (16) com taxa de juros imobiliário, guerra comercial e Argentina, no radar.
Por volta das 9h30, o dólar registrava queda de -0,198% sendo negociado a R$ 3,9817. O mercado está atento ao desdobramento da guerra comercial.
Além disso, segue no radar dos investidores a taxa de juros imobiliário que será indexada à inflação e a possibilidade do Brasil sair do Mercosul se o candidato Alberto Fernández ganhar as eleições.
Taxa de juros imobiliário indexada à Inflação
Na última quinta-feira (15), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o banco anunciará em breve o lançamento de linhas de crédito imobiliário pelo Sistema Financeiro de Habilitação com custo indexado à inflação.
De acordo com o presidente, esta ação já foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional. “Estamos focando no setor imobiliário. Certamente,a taxa de juros do crédito imobiliário indexado ao IPCA será bem menor”, disse Guimarães.
Guerra comercial
Após a decisão do governo norte-americano em adiar as tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses, a China se posicionou e afirmou que irá retaliar os Estados Unidos, fomentando mais um capítulo da guerra comercial.
Conforme o Comitê Tarifário do Conselho do Estado, a China “não possui outra opção a não ser tomar as medidas necessárias para retaliação”. Além disso, o Ministério de Finanças do país oriental afirmou que tomarão “contramedidas necessárias”.
Por sua vez, o presidente americano Donald Trump afirmou, na última quinta-feira (15), que se os países fecharem acordo comercial seguirão os termos dos Estados Unidos.
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Ademais, Trump ressalta que não há propósito em um tratado em que os termos não sejam americano. “A China, francamente, adoraria fazer um acordo, e precisa ser um acordo em termos adequados. Precisa ser um acordo, francamente, nos nossos termos. Se não, qual o propósito?”, disse o presidente em entrevista à rádio WGIR.
Argentina
O Banco Central (BC) da Argentina adotou na última quinta uma medida para estabilizar o câmbio no país.
A estratégia foi motivada pela desaceleração econômica da Argentina após os resultados das eleições prévias do último domingo (11). Agora, os contratos de dólares futuros dos bancos do país serão limitados a um teto de 5% em relação ao ano anterior.
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se a Argentina fechar o comércio após uma possível vitória de Alberto Fernández nas eleições, o Brasil sairá do Mercosul.
“Desde quando a gente precisa da Argentina para crescer? Temos nossa dinâmica de crescimento própria e nossos esforços são para recuperar isso”, declarou o ministro.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em queda de -1,242% cotado em R$ 4,015.