Dólar em alta com Argentina, Mercosul e disputa comercial no radar

O dólar opera em alta nesta terça-feira (13) com eleições na Argentina, Mercosul e disputa comercial no radar.

Por volta das 9h30, o dólar registrava alta de 0,216% sendo negociado a R$3,9903. O mercado está atento ao desdobramento das eleições primárias na Argentina.

Além disso, segue no radar dos investidores o Mercosul e a guerra comercial entre as duas maiores potencias do mundo.

Macri é derrotado e peso argentino desvalorizado

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, perdeu as eleições primárias para a chapa de Cristina Kirchner no último domingo (11). A derrota foi para Alberto Fernández, candidato de centro-esquerda, que se tornou o favorito para as eleições que ocorrerão em outubro.

Fernández, do partido Frente de Todos, conseguiu 47,36% dos votos. Em contrapartida, o atual mandatário, Macri, obteve apenas 32,23%.

A ampla diferença na votação não era esperada por nenhuma pesquisa feita anteriormente. De acordo com dados oficiais, 75% de um total de 33,8 milhões de pessoas fizeram parte da votação.

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Dessa forma, na última segunda-feira (12), por volta das 11h30, o peso argentino registrava queda de -22,158% sendo comprado a R$ 0,0678 e vendido a R$ 0,0678. A perspectiva do mercado é de que Macri não consiga se reeleger nas eleições de outubro.

Além disso, os resultado das eleições abalaram o mercado nacional. O Ibovespa encerrou em queda de 2% na segunda. Por sua vez, o dólar encerrou em alta de 1,06% com sua venda a R$ 3,984.

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Mercosul

O governo de Jair Bolsonaro se diz preocupado quanto às eleições na Argentina devido a estratégia que os presidentes tem de reduzir pela metade as alíquota de importação da Tarifa Externa Comum usada pelo Mercosul com países que não fazem parte do bloco.

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“É sempre complicado um processo eleitoral em um país do Mercosul onde a chapa eleita não esteja totalmente alinhada com a estratégia estabelecida pelos sócios. A melhor postura, no momento, é termos um pouco de precaução antes de fazermos declarações antecipadas e esperarmos o resultado. Certamente, vamos no sentar e decidir melhor caminho. Nossa expectativa é que o presidente Macri vença as eleições, para que a gente consiga seguir no processo de melhora do bloco”, disse secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.

No entanto, ainda que a chapa da Kirchner vença, conforme o acordo firmado em julho, o Brasil não depende da Argentina para colocar em vigor o tratado de livre-comércio com a União Europeia.

Disputa comercial

O Banco Central da China decidiu desvalorizar o yuan em seu menor nível desde 2008. A decisão da autoridade central monetária chinesa foi em resposta aos impostos alfandegários decididos pelo governo dos Estados Unidos.

A moeda da China superou a marca de 7 yuan por dólar pela primeira vez desde 2008. A decisão do Banco Central chinês gerou uma onda de vendas na Bolsa de Valores de Nova York. Os principais mercados globais também foram afetados pela medida, fechando em negativo.

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Nesta terça-feira, o Banco decidiu fixar a negociação do yuan em 7,039 por dólar.

A decisão do Banco Central de Pequim é mais um capítulo na guerra comercial com os EUA. O governo chinês quer tentar anular o efeito dos novos impostos alfandegários decididos pelos Estados Unidos. Essa alteração no câmbio poderia provocar novas retaliações por parte de Washington.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (12), o dólar encerrou em alta de 1,06% com sua vendo a R$ 3,984.

Poliana Santos

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