Dólar opera em alta com aumento da escalada de tensão entre EUA e China

O dólar inicia a semana, segunda-feira (7), em alta com o aumento da escalada de tensões na guerra comercial, as declarações de Jerome Powell e reforma da Previdência no radar.

Por volta das 10h, o dólar registrava uma variação positiva de 0,224% sendo negociado a R$ 4,0653. O mercado segue atento ao posicionamento da China de apenas dialogar com os americanos sobre questões de pauta comercial.

Além disso, segue no radar dos investidores, as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a economia americana nesta segunda às 14h, e a tramitação da reforma da Previdência.

Guerra comercial

A tensão da disputa comercial é elevada, após o representante comercial da China, Liu He, informar que o país não irá se comprometer com a reforma de políticas industriais e nem subsídios do governo, as principais queixas dos Estados Unidos.

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O país oriental deseja limitar o acordo apenas as questões comerciais. Desse modo, apenas a disputa tarifária e o desequilíbrio na balança. No entanto, os americanos, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”, desejam ir além dessas pautas.

Dessa forma, os investidores seguem ainda mais atentos a escalada de tensões entre os países.

Fed

O mercado segue atento às novas falas do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a economia americana.Após a divulgação dos dados empregatícios dos EUA, na última sexta (4), Powell salientou que a economia dos EUA está “em boa situação”.

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“Embora nem todos compartilhem totalmente oportunidades econômicas e a economia enfrente alguns riscos, no geral está, como gosto de dizer, em uma boa situação. Nosso trabalho é deixá-la assim o máximo possível”, disse Powell.

Reforma da Previdência

A tramitação da reforma da Previdência segue no radar dos investidores. O segundo turno de votação no plenário do Senado está marcado para o dia 22 deste mês. Na última sessão, na quarta-feira (2), foi feito uma mudança no texto que reduziu a projeção da economia em R$ 76 bilhões.

O plenário do Senado Federal retirou da reforma da Previdência a proposta de mudar as regras para concessão do abono salarial. A mudança no texto desidrata a reforma em R$ 76,4 bilhões e reduz a economia prevista para pouco mais de R$ 800 bilhões em dez anos.

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Atualmente, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996) tem direito ao benefício. O destaque retirado da reforma da Previdência previa abono salarial para quem ganhasse até R$ 1.346,43, valor calculado pelo critério previsto na Constituição que define a condição de baixa renda.

Para a manutenção do texto era necessário 49 votos. No entanto, apenas 42 senadores votaram a favor da nova regra do abono. Os contrários a proposta somaram 30 votos.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (4), o dólar encerrou em queda de -0,795% sendo vendido a R$ 4,0569.

Poliana Santos

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