Dólar cresce e fecha a R$ 5,2457 à espera de Fed e Copom; moeda está cara ou barata?
O mercado de câmbio doméstico trabalhou em marcha lenta nesta terça (21), véspera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos – eventos que ganharam ainda mais relevância diante dos temores recessivos provocados pelos problemas de liquidez dos bancos médios americanos. Com volume reduzido e trocas de sinais ao longo da sessão, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,2457, em alta de 0,05%. Nesta cotação, a moeda está cara ou barata?
Para quem deseja comprar dólar hoje, um dos indicadores para verificar o melhor momento de adquirir a moeda é ficar de olho no Boletim Focus. Nesta semana, os especialistas do mercado financeiro argumentam que a cotação da moeda deve ficar em R$ 5,25 no final do ano.
Ou seja, quando a moeda estiver abaixo do parâmetro do Focus, é um indicativo de que vale a pena comprar dólar naquela ocasião. Além disso, hoje é possível comprar a moeda direto pelo celular e aproveitar ferramentas para aproveitar quando a cotação atingir um valor mínimo.
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Dólar hoje: O que movimentou a moeda norte-americana?
Pela manhã, o dólar chegou a superar pontualmente o teto de R$ 5,25 e registrou máxima a R$ 5,2544 (+0,22%), em meio a críticas do presidente Lula ao nível da taxa de juros e à informação de que a divulgação da proposta do novo arcabouço fiscal, prevista para esta semana, ficará para depois da visita presidencial à China, de 26 a 31 de março. Na mínima, nos primeiros negócios do pregão, o dólar desceu até R$ 5,2179 (-0,48%).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dado sinais de que as regras fiscais poderiam vir a público antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), no início da noite desta quarta (22). De posse das novas diretrizes para gestão das contas públicas e diante de deterioração do mercado de crédito, aqui e lá fora, especulava-se que o colegiado do BC poderia acenar no comunicado com redução da taxa Selic ainda no primeiro semestre.
Fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast afirmaram que o presidente Lula adiou a divulgação do arcabouço porque pretende encontrar um mecanismo para ampliar os gastos com saúde e educação. O presidente ontem disse que recursos destinados a essas áreas não podem ser classificados como “gastos”.
Mais cedo, Haddad afirmou que as novas regras fiscais serão apresentadas “por ocasião da remessa” do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 ao Congresso, cujo prazo legal é 15 de abril. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse à tarde, em entrevista à GloboNews, reiterou que a nova será apresentada em meados de abril.
O analista de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão, observa que investidores mostraram apetite muito reduzido por negócios, com receio de exposição mais elevada na véspera de reunião do Federal Reserve e do Copom.
“Havia expectativa em relação ao novo arcabouço fiscal, mas a divulgação acabou sendo adiada para o mês que vem. Apesar de o governo pressionar novamente o BC por causa dos juros, a perspectiva é de manutenção da Selic”, afirma Gusmão, ressaltando que a taxa de câmbio do dólar trabalha em uma faixa mais estreita, entre R$ 5,20 e R$ 5,25.
Com Estadão Conteúdo