Dólar abre em leve queda; coronavírus segue no radar
O dólar abriu a semana com uma leve queda, após atingir sua máxima histórica nominal na última sexta-feira (7). Nunca a cotação da moeda norte-americana havia fechado acima dos R$ 4,30.
Por volta das 9h20, o dólar variava negativamente a 0,13% sendo negociado a R$ 4,3136. O mercado permanece atento com as informações sobre o coronavírus. O número de mortos ultrapassou a epidemia Sars, ocorrida também na China, em 2003.
Além disso, os investidores estão de olho na crise da Boeing, que, segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, é prejudicial ao País.
Coronavírus
Subiu para 910 o número de mortes em decorrência do coronavírus na China continental. Dessa forma, já são mais mortes registradas pelo novo vírus do que pela epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em termos globais, em 2003.
A epidemia já atingiu 41.171 pessoas. Segundo informações, o aumento no número de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus está se tornando um problema grave para o sistema de saúde da China.
Dessa forma, dois hospitais já foram construídos por conta da epidemia e mesmo assim a China teme ter mais dificuldades para atender todas as pessoas que estão infectadas.
O Brasil passou de oito casos suspeitos da epidemia para 11, conforme o Ministério da Saúde. De acordo com o governo, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.
Impacto na economia brasileira
O banco norte-americano J.P Morgan cortou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2% para 1,9% neste ano. De acordo com a instituição financeira, a redução é por causa da rápida disseminação do coronavírus e seus efeitos na economia chinesa.
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Para este ano, o banco cortou também o índice que mede a inflação (IPCA) de 3,7% para 3,4%, devido a recuperação mais lenta provocada pela queda dos preços internacionais das commodities por causa da economia chinesa mais fraca com o surto da doença.
Apesar da redução para este ano, as projeções para 2021 são positivas. O banco elevou a estimativa de 2,2% para 2,4% da economia brasileira.
PIB norte-americano
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que o PIB do país será afetado pela crise da Boeing. O secretário acredita que o crescimento deva ser menos de 3% neste ano.
Além da crise da fabricante de aeronaves norte-americana, o Mnuchin disse que a epidemia pode contribuir para esse resultado. No entanto, o conselheiro econômico de Washington, Larry Kudlom, disse, na última sexta, que não espera grande impacto do vírus na economia norte-americana.
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“Penso que nossa projeção foi reduzida por causa da Boeing e outros impactos, então será menor. Acho que teríamos atingido os 3% de novo, a Boeing, teve um grande impacto em nossas exportações, sendo o maior exportador”, afirmou Mnuchin.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira, o dólar encerrou em alta de 0,819%, cotado em R$ 4,321.