O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (13), após a renovar a máxima histórica nominal na última quinta-feira (12).
Por volta das 09h20, o dólar apresentava uma queda de 1,91%, sendo cotado a R$ 4,6945 na venda. O mercado está atento às medidas de sustentação à economia anunciadas pelo Federal Reserve, a autoridade monetária dos Estados Unidos.
Além disso, o Banco Central brasileiro anunciou leilão de linha para esta sexta-feira para conter a alta da moeda norte-americana.
Banco Central
O Banco Central (BC) anunciou na última quinta-feira (12) que fará nesta terça-feira (17) um leilão de linha de até US$ 2 bilhões com o objetivo de de baixar o valor do câmbio da moeda norte-americana.
A venda será realizada no Mercado de Câmbio, em duas operações entre 10h15 e 10h20 e será liquidada na próxima terça-feira (17). Esse já é o terceiro leilão realizado pelo Banco Central para tentar conter o preço do dólar americano.
Os leilões de linha terão vendas com compromisso de recompra. A recompra dos dólares vendidos na primeira operação ocorrerão no dia 5 de maio, já a recompra da segunda, será no dia 2 julho.
O leilão de linha é um mecanismo que a autoridade monetária central pode adotar para interferir no mercado de câmbio brasileiro. Isso pois as extremas altas assim como as extremas baixas do dólar podem afetar negativamente a economia brasileira.
Esse mecanismo é uma operação cambial que o corre quando a autoridade monetária central entende que o melhor é injetar dólares no mercado. Uma operação realizada principalmente quando há escassez da moeda, pois a falta tende a elevar o cambio drasticamente.
Fed
O Federal Reserve (Fed) anunciou na última quinta-feira que injetará mais de US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 7,2 trilhões) nos mercados financeiros. A medida ocorrerá por meio de operações de recompra reversa.
De acordo com a autoridade monetária central norte-americana, a primeira operação ocorrerá nesta quinta-feira. A oferta realizada pelo Fed será de US$ 500 bilhões em operações repo, que são de compromisso de recompra, de três meses.
A medida ocorre como forma de minimizar os impactos econômicos do coronavírus. Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como uma pandemia, as bolsas de valores do mundo inteiro estão despencando.
Além da autarquia dos EUA, o Banco Central Europeu (BCE) também anunciou uma série de medidas para conter os impactos do coronavírus na economia.
Entre as medidas, a instituição fará uma rodada adicional de operações de refinanciamento de longo prazo. O banco anunciou ainda um programa adicional de recompra de ativos. Para a medida, a autoridade monetária desembolsará 120 bilhões de euros (cerca de R$ 667,34 bilhões).
Covid-19
O número de casos confirmados do coronavírus (Covid-19) no Brasil subiu para 143. O número foi atualizado nesta sexta-feira (13) a partir de balanços divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde e pelo Hospital Albert Einstein.
O Ministério da Economia anunciou cinco medidas para retrair o impacto da doença no País. Segundo a nota da pasta econômica, as primeiras ações são “dedicadas especialmente a parcela da população mais vulnerável à pandemia”.
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Entre o plano de contingência, está a alternativa de trabalho remoto para os servidores que realizarem viagens internacionais, a trabalho ou por motivos pessoais, e demonstraram sintomas associados à doença.
Essa medida deve ser tomada até o 14º dia contado a partir da data de retorno do servidor ao Brasil. Se o trabalho não puder ser realizado à distância, a orientação é que o servidor não vá ao trabalho e tenha sua frequência abonada.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em alta de 1,337, cotado a R$ 4,78 na venda.