O dólar encerrou nesta terça-feira (11) em leve alta de 0,134%, cotado a R$ 4,3256 na venda. Às 15h59, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 4,3390.
O mercado continua atento às novas informações do coronavírus. Ademais, as seguintes notícias movimentaram o mercado internacional e colaboraram para a cotação do dólar desta terça-feira:
- A ata do Copom, indicando ser possível que não haja mais cortes na Selic
- A retirada do Brasil na relação norte-americana de países em desenvolvimento
Coronavírus
Subiu para 1011 o número de vítimas fatais do coronavírus da China. O anúncio foi feito na noite da última terça-feira (10) pela comissão de saúde de Hubei. Atualmente são 42200 casos confirmados na China, de acordo com as informações do governo do país asiático.
No último final de semana foi informado que os casos de coronavírus na China registraram mais mortes do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em termos globais, em 2003.
Segundo o banco norte-americano J.P. Morgan, o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que antes deveria ser de 4,9% no primeiro trimestre deste ano, deverá ser de 1%, devido ao impacto do coronavírus.
De acordo com a Capital Economics, consultoria de pesquisas econômicas sediada em Londres, a epidemia poderá custar cerca de US$ 280 bilhões (R$ 1,20 trilhão na cotação atual) à economia de todo o mundo.
Ata do Copom
O Banco Central (BC) indicou, por meio da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na última quarta-feira (5), que é possível que não haja mais cortes na taxa básica de juros do Brasil (Selic).
Na última reunião, o Comitê decidiu baixar a Selic de 4,5% para 4,25, ao ano, sua mínima na série histórica.
“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, informou o ata.
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No entanto, o BC não descartou totalmente a possibilidade de corte de juros, afirmou, porém, que “seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”.
Brasil fora da lista
O governo dos EUA, por meio do Departamento de Comércio, informou, na última segunda-feira (10), que alterou a forma de classificação para um país em desenvolvimento.
Dessa forma, Brasil, China, Índia e África do Sul, entre outros cerca de 20 países, foram retirados, o que pode cortar alguns benefícios comerciais concedidos até então.
Em comunicado, o governo do presidente Donald Trump informa que a decisão leva em conta “fatores econômicos, comerciais e outros, como o nível de desenvolvimento de um país e a participação de um país no comércio mundial”. O governo disse que foi preciso a decisão de mudar a metodologia porque o procedimento anterior, criado em 1998, “está obsoleto”.
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Ademais, o departamento salientou que a decisão foi motivada por solicitações de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em março do ano passado, em viagem a Washington, Bolsonaro reiterou a solicitação da entrada do Brasil na OCDE. Trump, no entanto, afirmou que o País teria que “abrir mão” do tratamento preferencial na OMC.
Última cotação do dólar
Na última sessão, na segunda-feira (10), o dólar encerrou em queda de 0,009%, cotado em R$ 4,3206.