Dólar encerra em leve alta de 0,13%, cotado a R$ 4,32

O dólar encerrou nesta terça-feira (11) em leve alta de 0,134%, cotado a R$ 4,3256 na venda. Às 15h59, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 4,3390.

O mercado continua atento às novas informações do coronavírus. Ademais, as seguintes notícias movimentaram o mercado internacional e colaboraram para a cotação do dólar desta terça-feira:

  • A ata do Copom, indicando ser possível que não haja mais cortes na Selic
  • A retirada do Brasil na relação norte-americana de países em desenvolvimento

Coronavírus

Subiu para 1011 o número de vítimas fatais do coronavírus da China. O anúncio foi feito na noite da última terça-feira (10) pela comissão de saúde de Hubei. Atualmente são 42200 casos confirmados na China, de acordo com as informações do governo do país asiático.

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No último final de semana foi informado que os casos de coronavírus na China registraram mais mortes do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em termos globais, em 2003.

Segundo o banco norte-americano J.P. Morgan, o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que antes deveria ser de 4,9% no primeiro trimestre deste ano, deverá ser de 1%, devido ao impacto do coronavírus.

De acordo com a Capital Economics, consultoria de pesquisas econômicas sediada em Londres, a epidemia poderá custar cerca de US$ 280 bilhões (R$ 1,20 trilhão na cotação atual) à economia de todo o mundo.

Ata do Copom

O Banco Central (BC) indicou, por meio da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na última quarta-feira (5), que é possível que não haja mais cortes na taxa básica de juros do Brasil (Selic).

Na última reunião, o Comitê decidiu baixar a Selic de 4,5% para 4,25, ao ano, sua mínima na série histórica.

“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, informou o ata.

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No entanto, o BC não descartou totalmente a possibilidade de corte de juros, afirmou, porém, que “seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”.

Brasil fora da lista

O governo dos EUA, por meio do Departamento de Comércio, informou, na última segunda-feira (10), que alterou a forma de classificação para um país em desenvolvimento.

Dessa forma, Brasil, China, Índia e África do Sul, entre outros cerca de 20 países, foram retirados, o que pode cortar alguns benefícios comerciais concedidos até então.

Em comunicado, o governo do presidente Donald Trump informa que a decisão leva em conta “fatores econômicos, comerciais e outros, como o nível de desenvolvimento de um país e a participação de um país no comércio mundial”. O governo disse que foi preciso a decisão de mudar a metodologia porque o procedimento anterior, criado em 1998, “está obsoleto”.

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Ademais, o departamento salientou que a decisão foi motivada por solicitações de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em março do ano passado, em viagem a Washington, Bolsonaro reiterou a solicitação da entrada do Brasil na OCDE. Trump, no entanto, afirmou que o País teria que “abrir mão” do tratamento preferencial na OMC.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na segunda-feira (10), o dólar encerrou em queda de 0,009%, cotado em R$ 4,3206.

Jader Lazarini

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