Dólar abre em alta; coronavírus e estímulos monetários no radar

O dólar abriu, nesta quarta-feira (11), em alta. Os mercados estão de olho nas atualizações sobre o coronavírus (Covid-19) e as movimentações das autoridades monetárias ao redor do mundo para combater a desaceleração global.

Por volta das 9h30, o dólar variava positivamente a 0,351%, negociado a R$ 4,662 na venda. Os investidores europeus estão reagindo positivamente ao anúncio de corte de juros pelo Banco da Inglaterra, na manhã desta quarta-feira.

Além disso, segue no radar o status da renegociação da dívida argentina, conforme divulgado pela agência de notícias “Bloomberg” na última terça-feira (10).

Covid-19

O governo da Espanha, quarta maior força econômica da zona do euro, confirmou, na última terça-feira, que o país já teve 35 mortes e 1,62 mil casos do coronavírus, o que a torna um dos países mais atingidos da União Europeia (UE).

Devido a isso, as autoridades espanholas decidiram fechar escolas de várias regiões e suspender as atividades no Parlamento por ao menos uma semana. O político de extrema-direita Javier Ortega Smith foi diagnosticado com coronavírus e seu partido informou que todos seus parlamentares trabalharão de forma remota até segunda ordem, o que levou a Câmara Baixa a suspender as operações.

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O campeonato espanhol de futebol, mais conhecido como “La Liga”, terá partidas com portões fechados pelos próximos 15 dias. Além disso, voos da Itália foram suspensos a partir desta quarta-feira. A suspensão será implementada para voos diretos e permanecerá vigente por pelo menos duas semanas.

Na última segunda-feira (9), Giuseppe Conte, primeiro-ministro da Itália, impôs restrições de circulação em todo território nacional na tentativa de conter a epidemia do coronavírus.

As medidas restritivas entrarão em vigor nesta terça-feira e quem precisar descumprir alguma das novas normas, como transitar entre cidades, deverá apresentar documentos que justifiquem a quebra das restrições.

Taxa de juros britânica

O impacto do coronavírus (Covid-19) na economia global fez com que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidisse anunciar, nesta quarta-feira (11), um corte em sua taxa básica de juros. A partir de agora, após a redução de 0,50 ponto percentual, a taxa de juros britânica é de 0,25%.

A decisão inesperada do BoE foi tomada na última terça-feira (10) em uma reunião de emergência. O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, tomou uma medida similar na última semana, quando cortou em 0,50% sua taxa de juros em um encontro extraordinário não agendado. A taxa de juros norte-americana passou a ser entre 1% e 1,25%, como um estímulo para enfrentar o coronavírus.

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Em uma entrevista coletiva, Mark Carney, executivo do BoE, disse que o temor pelo coronavírus mostra-se diferente do choque da crise de 2008. “O sistema financeiro era o núcleo do problema … não há razão para que esse choque se transforme na experiência. de 2008, se lidarmos bem com isso”.

Após o anúncio de corte de juros do BoE, como estímulo à economia contra o coronavírus, os mercados europeus operam em leve alta nesta quarta-feira. Por volta das 9h15, a London Stock Exchange (LSE), apresenta alta de 1,31%, a 7.128,00 pontos.

Dívida argentina

A Argentina contratou os bancos HSBC, Bank of America (BofA) e Citigroup para auxiliar na renegociação da dívida pública. As informações provém da agência Bloomberg.

A dívida pública do país corresponde a US$ 76 bilhões (R$ 319,92‬ bilhões). Enquanto Buenos Aires registra um débito que soma US$ 7 bilhões (R$ 32,55 bilhões).

O processo teve início na última terça-feira quando o presidente argentino, Alberto Fernández, assinou um decreto que autoriza o ministro da Economia, Martín Guzmán, a reestruturar a dívida pública.

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O presidente do Global Banking para as Américas do HSBC, Geraldo Mato, está a frente da equipe auxilia o governo. Em Buenos Aires, a coordenação dos planos de renegociação dos débitos estão sendo liderados por Nicolas Bendersky, diretor administrativo do Citigroup.

Última cotação do dólar

Na última sessão, na terça-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 1,691%, cotado a R$ 4,6457 na venda.

Jader Lazarini

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