Dólar cai mesmo após novos desdobramentos da guerra comercial
O dólar encerrou nesta quarta-feira (16) em baixa de 0,266%, negociado a R$ 4,1542 na venda. A queda ocorreu mesmo após o presidente norte-americano Donald Trump negar assinar um acordo comercial com a China.
A moeda norte-americana encerrou o pregão em sua cotação mínima desta quarta-feira. A máxima do dólar foi de R$ 4,1835, às 10h20.
O mercado reagiu ao Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI), que indicou uma leve melhora na dívida bruta do Brasil. Ademais, a redução da demanda por minério de ferro na China refletiu no mercado brasileiro.
Guerra comercial
Em mais uma fase da guerra comercial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não assinará um acordo comercial com a China até se reunir com o presidente do país asiático, Xi Jinping, no Chile durante o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), que ocorrerá de 11 a 17 de Novembro.
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O presidente norte-americano salientou que o acordo comercial parcial, que foi anunciado na semana passada “está sendo colocado no papel”.
Além disso, a tensão foi ampliada após o governo chinês comentar a decisão do Congresso norte-americano de apoiar a Lei dos Direitos Humanos em Hong Kong.
“A situação atual em Hong Kong não tem nada a ver com direitos humanos ou democracia. A verdadeira questão é acabar com a violência em breve, restaurar a ordem e proteger o Estado de Direito”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
Dívida bruta do Brasil
O Monitor Fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou que a trajetória prevista para a dívida bruta do Brasil melhorará ligeiramente em 2022. Contudo, mesmo com a boa notícia, as estimativas sobem anualmente até 2024, quando a dívida bruta estará, com folga, acima dos 90%.
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Segundo o FMI, a dívida bruta, em 2019, alcançará 91,6% do Produto Interno Bruto (PIB), 1,2% acima dos 90,4% divulgados na previsão de abril deste ano. Já em 2020, a dívida bruta atingirá 93,9% do PIB (a previsão anterior era de 92,4%), em 2021, será de 94,1% (0,4% abaixo do projetado em abril).
Em 2022, a projeção cai de 95,6% para 95,3%; No ano seguinte, cai de 96% para 95%. Já em 2024, há uma forte queda, de 97,6% para 94,9%.
Queda da demanda por minério de ferro na China
A desvalorização do minério de ferro em Dalian, na China, refletiu no mercado brasileiro. Por conta disso, a Vale (VALE3) e a CSN (CSNA3) lideram as baixas do Ibovespa.
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A queda do preço do minério ocorreu como consequência da redução da demanda pela matéria-prima no país asiático. A busca pelo produto diminuiu após o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente da China divulgar o plano anual antipoluição para o inverno. A proposta inclui medidas para aumentar o controle de poluição nas siderúrgicas.
Nesta quarta-feira, os contratos futuros do minério de ferro caíram 3,22% no mercado chinês. Assim, são negociados a 617,00 iuanes por tonelada.
Última cotação do dólar
Na última sessão, terça-feira (15), o dólar encerrou em alta de 0,891% sendo vendido a R$ 4,1653.